A imprensa egípcia lançou acusações a elementos "anti-revolucionários" de estarem a tentar provocar conflitos inter-religiosos que poderão degenerar numa guerra civil.
O governo prometeu usar "mão-de-ferro" para garantir a segurança nacional após os confrontos de sábado, no Cairo. "Nós estamos a enfrentar grupos anti-revolucionários que estão convencidos de que o sucesso da revolução foi uma ameaça ainda maior para os seus interesses e, por isso, estão a tentar alimentar o conflito confessional", diz o jornal Al-Ahram.
Recorde-se que o país assistiu a violentos confrontos entre cristãos e muçulmanos no noroeste do distrito do Cairo, de que resultaram12 mortos e, largas dezenas de feridos. Seis muçulmanos e quatro cristãos estão entre os mortos, enquanto dois corpos ainda não foram identificados.
Os dois grupos entraram em confronto depois de os muçulmanos terem atacado a igreja copta de Santa Mena, em Imbaba, para libertarem uma mulher cristã que, alegadamente, estava ali retida contra a sua vontade, pois desejava converter-se ao islamismo.
Desde a expulsão do ex-presidente Hosni Mubarak, o Egipto vive num clima de insegurança e intranquilidade que está aparentemente a ser alimentada por grupos radicais que pretendem semear o caos.
Ali Gomaa, um dos mais altos dirigentes islâmicos, foi citado no diário Al-Masri Al-Yom, ao advertir o país para o potencial perigo de se estar a caminhar para uma guerra civil, "por causa dos bandidos que querem desafiar a autoridade do Estado".
Fonte: Departamento de Informação da Fundação AIS
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