sábado, 14 de maio de 2011

Judeus e Cristãos podem e devem colaborar a favor do bem comum

Judeus e cristãos podem contribuir conjuntamente para o bem da humanidade, correspondendo aos desafios da sociedade actual: convicção de Bento XVI expressa nesta quinta-feira, ao receber, no Vaticano, uma delegação da “B’nai B’rith Internacional”; organização judaica criada em 1843, em Nova Iorque, tendo entre outros objectivos combater racismo e anti-semitismo:
“Há muitos modos através dos quais Judeus e Cristãos podem cooperar para melhorar o mundo, em conformidade com a vontade de Deus, para o bem da humanidade”.
Para além de “obras de caridade e de serviço aos pobres” (considera o Papa), uma das coisas mais importantes que judeus e cristãos podem fazer em conjunto é testemunhar, uma fé profundamente enraizada no facto de que cada homem e cada mulher foram criados à imagem de Deus, tendo assim uma dignidade inviolável.
“Esta convicção permanece o mais seguro fundamento para o empenho, da parte de todos, em defender e promover os direitos inalienáveis de cada ser humano”.Evocando o encontro do Comité Internacional de Contacto entre Católicos e Judeus, em Fevereiro passado, em Paris, Bento XVI agradeceu a participação desta organização judaica, e recordou que ali se afirmou o desejo de que católicos e judeus se mantenham lado a lado para combater os “imensos desafios” que se apresentam num mundo em rápida transformação, impulsionados pelo “religioso dever de lutar contra a injustiça, a discriminação e a negação dos direitos humanos universais”.
O Santo Padre recordou ainda um outro encontro, em Março, em Jerusalém, entre delegações do Grande Rabinato de Israel e a Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo, onde se sublinhou a necessidade de promover uma correcta compreensão do papel da religião nas nossas sociedades de hoje, capaz de corrigir uma visão “puramente horizontal”, e portanto incompleta, da pessoa humana e da convivência social. Bento XVI exortou a superar esta visão material da vida humana, a favor de um despertar da espiritualidade.
“A vida e actividade de todos os crentes deveria testemunhar permanentemente o transcendente, visando as realidades invisíveis que se encontram para além de nós e que encarnam a convicção de que é uma Providência amorosa e misericordioso que guia o êxito final da história”.

Fonte: Rádio Vaticano

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