quarta-feira, 13 de julho de 2016

Nomeação de moderadores

Franjas Sociais tem vindo nestes últimos tempos a depender de modo quase exclusivo da acção e dedicação das pessoas de Carregosa, Vila Cova de Perrinho e Chave. Dentre esses elementos alguns têm vindo a assumir encargos e tarefas que permitem a congregação, orientação e deslocação do grupo, como responsáveis directos da sua constituição e acção na rua, facto que justifica que também possam aceder às publicações deste espaço com a independência que o mesmo permite. Assim, por acordo dos actuais 4 administradores decidiu-se:
1º. Nomear moderador a Diogo Aguiar;
2º. Nomear moderador o responsável directo do grupo do segundo ano do Crisma, que será, até Setembro, André Feitais, data em que será substituído pelo novo responsável nomeado para o ano seguinte.


Franjas Sociais

terça-feira, 28 de junho de 2016

Refeitórios Sociais

Amigos:

Hoje venho dar a conhecer a evolução do processo de criação dos restaurantes sociais que vão funcionar brevemente na cidade, começando pelo que vai abrir no edifício do Hospital do Terço, à Batalha, a partir de meados do próximo mês de Julho.
A notícia foi divulgada na reunião realizada no local do refeitório no passado dia 20 em que esteve presente em representação de Franjas Sociais o nosso amigo Luís Barroco, que, informando, redigiu o texto que segue.

"Decorreu no passado dia 20, no Hospital do Terço, no Porto, uma reunião entre todos os envolvidos no combate a situações de probreza e extrema probreza , para acertar agulhas quanto à abertura do restaurante solidário, prevista para meados do próximo mês de julho. Será o primeiro de uma série de quatro pensados para a cidade de forma a cobrir situações de carência nutritiva identificadas pelas associações de solidariedade social e voluntários que diariamente percorrem as ruas desta cidade.
A iniciativa, que conta também com a participação da câmara municipal e a segurança social da cidade e outras entidades, está inscrita na acção interventiva do Núcleo de Inserção da Pessoa Sem Abrigo, do Porto, e pretende não só fornecer uma refeição diária nutricionalmente equilibrada a todos os que lá se deslocarem, como também poder identificar com maior assertividade as diversas carências que caracterizam as populações desfavorecidas e excluídas e assim poder promover uma melhor inclusão.
O restaurante solidário funcionará diariamente nas instalações do Hospital do Terço, com um horário previsto entre as 20h e 22.30h, todos os dias."

Luís Ricardo Barroco

Segundo informações complementares que nos têm chegado, a confecção das refeições fica a cargo das irmãzinhas com apoio de voluntários dos diversos grupos, e estes fornecerão os géneros necessários e os restantes complementos que até agora   têm obtido nas confeitarias.
É evidente que a abertura deste e dos restantes refeitórios, pela forma de funcionamento e horário de distribuição das refeições nos vai fazer adequar o nosso modo de estar na rua.
Prevê-se que, a partir do funcionamento pleno dos refeitórios, seja impedida a distribuição de refeições nas ruas da cidade. Se assim for, teremos de rever a nossa actuação futura, limitando-nos, por exemplo, a simples visitas aos locais de ajuntamento, que esses nunca vão desaparecer. Para isso, temos pelo nosso lado o conhecimento e empatia já criados que nos vem facilitar a tarefa.
Para já, e porque ainda temos essa possibilidade, poderemos continuar a distribuição noutros locais da cidade.
Por outro lado, porque a falta de voluntários do Porto que possam colmatar a falta da segunda viatura aconselhou à redução do número de kits a distribuir, e essa falta permanece, e porque convém assegurar que a noite não se torne demasiado longa para permitir o regresso atempado a casa dos jovens de Carregosa, sugere-se à administração do grupo que mantenha para a próxima saída o número máximo de 70 kits eliminando a volta pelos bairros e isolados.
Para Agosto, e em função dos resultados da saída de Julho e da distribuição que ocorrer na Batalha, convém fazer nova actualização das quantidades.

F. S.

Refeitórios Sociais

Amigos:

Hoje venho dar a conhecer a evolução do processo de criação dos restaurantes sociais que vão funcionar brevemente na cidade, começando pelo que vai abrir no edifício do Hospital do Terço, à Batalha, a partir de meados do próximo mês de Julho.

A notícia foi divulgada na reunião realizada no local do refeitório no passado dia 20 em que esteve presente em representação de Franjas Sociais o nosso amigo Luís Barroco, que, informando, redigiu o texto que segue.

"Decorreu no passado dia 20, no Hospital do Terço, no Porto, uma reunião entre todos os envolvidos no combate a situações de probreza e extrema probreza , para acertar agulhas quanto à abertura do restaurante solidário, prevista para meados do próximo mês de julho. Será o primeiro de uma série de quatro pensados para a cidade de forma a cobrir situações de carência nutritiva identificadas pelas associações de solidariedade social e voluntários que diariamente percorrem as ruas desta cidade.
A iniciativa, que conta também com a participação da câmara municipal e a segurança social da cidade e outras entidades, está inscrita na acção interventiva do Núcleo de Inserção da Pessoa Sem Abrigo, do Porto, e pretende não só fornecer uma refeição diária nutricionalmente equilibrada a todos os que lá se deslocarem, como também poder identificar com maior assertividade as diversas carências que caracterizam as populações desfavorecidas e excluídas e assim poder promover uma melhor inclusão.
O restaurante solidário funcionará diariamente nas instalações do Hospital do Terço, com um horário previsto entre as 20h e 22.30h, todos os dias."

Luís Ricardo Barroco

Segundo informações complementares que nos têm chegado, a confecção das refeições fica a cargo das irmãzinhas com apoio de voluntários dos diversos grupos, e estes fornecerão os géneros necessários e os restantes complementos que até agora   têm obtido nas confeitarias.
É evidente que a abertura deste e dos restantes refeitórios, pela forma de funcionamento e horário de distribuição das refeições nos vai fazer adequar o nosso modo de estar na rua.
Prevê-se que, a partir do funcionamento pleno dos refeitórios, seja impedida a distribuição de refeições nas ruas da cidade. Se assim for, teremos de rever a nossa actuação futura, limitando-nos, por exemplo, a simples visitas aos locais de ajuntamento, que esses nunca vão desaparecer. Para isso, temos pelo nosso lado o conhecimento e empatia já criados que nos vem facilitar a tarefa.
Para já, e porque ainda temos essa possibilidade, poderemos continuar a distribuição noutros locais da cidade.

Por outro lado, porque a falta de voluntários do Porto que possam colmatar a falta da segunda viatura aconselhou à redução do número de kits a distribuir, e essa falta permanece, e porque convém assegurar que a noite não se torne demasiado longa para permitir o regresso atempado a casa dos jovens de Carregosa, sugere-se à administração do grupo que mantenha para a próxima saída o número máximo de 70 kits eliminando a volta pelos bairros e isolados.

Para Agosto, e em função dos resultados da saída de Julho e da distribuição que ocorrer na Batalha, convém fazer nova actualização das quantidades.

F. S.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

A noite de ontem

A noite ontem foi diferente. Sem o Carlos por perto as coisas não têm o mesmo sabor mas o grupo de 5 carregosenses saiu e a volta terminou por volta das 01,00 horas de hoje.
Nos locais habituais de concentração na cidade, principalmente na Batalha, a sensação é de ganância em tentar sempre algo mais, mesmo que na mão esquerda já estejam três sacos de outras carrinhas.
Demos uma vista de olhos pelas ruas da cidade e deparamo-nos com cerca de 6/7 pessoas a dormir na Santa Catarina, um na trindade e mais alguns em locais não sei identificar.
Em São Bento sempre aparecem pessoas com fome, com verdadeiras necessidades, mesmo que tenhamos que esperar 20/30 minutos para "atendermos" 10/15 pessoas. Mas acho que vale a pena.
Terminamos no Aleixo onde nos "varreram" tudo o que tínhamos avulso.
Publico agora a oração que distribuímos com os kit's.
Ó Deus, pai bondoso e misericordioso, que aceitou Santo António como testemunha do Evangelho e mensageiro da paz em meio a seu povo, escuta a prece que te rogamos pela tua intercessão.
Santifica cada família e ajuda-as a crescer dentro da fé; conserve nessa unidade, a paz e a serenidade. Abençoe nossos filhos, proteja os jovens.
Socorre todos aqueles que passam pela doença, pelo sofrimento e pela solidão. Dai-nos forças nas dificuldades de todos os dias, doando-nos o teu amor.
Santo António, rogai por nós. Amém. 
Avé Maria…
Pai Nosso…
Glória…
Gosto
Comentar
Comentários
Carlos Fernandes Parabéns, amigos, pela vossa determinação e saudável teimosia que permitiram alongar esta noite para além do desejável. Não lamentem nunca a falta de quem não está, mesmo que seja a deste escriba, Ninguém é insubstituível e cada qual tem o seu lugar para aderir e somar pontos pelo seu SIM! Deus, que a todos ama, tem uma predilecção especial pelos que se LHE dedicam. O meu abraço muito grande.

9 de Junho de 2016

domingo, 5 de junho de 2016

Nova etapa e o grupo continua...

Amigos:

Nem tudo pode ser como queremos.
Iniciámos vai para 11 anos este lindo sonho de nos dedicarmos à prática do Evangelho cumprindo o mandamento de amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, sobretudo na pessoa dos mais débeis, que são, no dizer de Cristo, a sua imagem mais perfeita.
Para isso nos aproximámos sem receio nem temor de cada um que encontrámos no caminho fossem eles limpos ou asseados, saudáveis ou doentes,  abstémios ou dependentes da droga ou do álcool, com aparência sã ou dos leprosos que se aproximaram de Jesus, como nos diz o Evangelho.
Levámos à rua o nosso coração procurando ensinar a amar o outro. No fim das nossas noites deixámos a paz e a tranquilidade que nos invadia invadir também os que partilharam a nossa oração final. Maria estava connosco e ficava com eles também no "Boa Noite" que deixava as melodia suspensa no ar...
Foram noites de frio, de sujeição aos elementos que, às vezes, se desencadeavam com fúria sobre nós, e outras em que o céu parecia cobrir-nos com a sua bênção.
Durante estes anos procurámos encontrar soluções para o alojamento de quem passava as suas noites ao relento. Vimos que isso nos ultrapassava, mas Deus mandou a outros encarregarem-se dessa tarefa, e hoje, vemos montado um sistema de protecção mínimo que vai assegurando um pouco esse fim, no nosso caso, por meio da NPISA.
Sem querer parar, cheguei a um ponto em que me não deixam continuar do mesmo modo o apoio na rua.
Mas vou e vamos continuar, ainda que reduzindo a nossa participação à medida do esforço que podemos despender. Os amigos da rua vão deixar de me ver como até aqui mas sei que irão ser acompanhados com mais empenho por todos aqueles a quem este testemunho fica entregue. O meu papel vai limitar-se à rectaguarda enquanto Deus assim quiser, porque não está no meu pensamento abandonar alguma vez a sua imagem na pessoa dos mais débeis.
Franjas são franjas, não são o tecido em si mas algo que dele resta quase que como sobra que não conta para o principal.
As franjas sociais também são o que a sociedade não considera como parte do todo útil mas como uma excrescência social que se dispensaria e até incomoda.
É essa excrescência que tem constituído o objecto da nossa acção na rua e que gostaria de ver continuar por todos quantos têm o coração sensível e o desejo de auxiliar e acudir aos mais frágeis.

Franjas Sociais são neste caso não uma pessoa isolada ou grupo restrito, mas um grupo aberto à participação de quem comunga deste ideal e quer estar com eles e connosco na rua.
Diz S. Paulo que há três virtudes principais: Fé, Esperança e Caridade, mas que a maior de todas é a Caridade". 
É a essa virtude que queremos dar prioridade e continuar a nossa acção enquanto Deus quiser e permitir.

Graças a Deus!

C. F.
 


quinta-feira, 14 de abril de 2016

13 de Abril de 2016


Ontem foi dia de ir à rua, ou melhor, noite. Uma noite que prometia chuva mas que, afinal, nos poupou.

Partimos com 115 merendas recheadas com bastantes doces e muitas amêndoas que faziam pesar exageradamente os sacos.

Divididos em dois grupos avançámos pelos bairros e pela cidade. Naqueles fomos surpreendidos pelo número dos que nos procuraram na "lavandaria" do Aleixo, e pelo diálogo com dois utentes da 1ª. Torre, que se confessaram adictos à droga, atribuindo a essa inclinação ou fraqueza as culpas das suas escolhas...

É evidente que, seja qual for a inclinação de cada um, creio que nunca se poderá desresponsabilizar totalmente cada qual pelo sentido das suas opções pondo de lado a capacidade de uso da liberdade que Deus nos concedeu. Daí que não pareça correcto “atirar para o lado" as culpas de se manter apegado ao vício.

Também aí tivemos outra surpresa: atendemos uma senhora já nossa conhecida de outras visitas ao Aleixo, relativamente jovem, e reservada. Saiu do “buraco” onde se refugiam os dependentes e veio ter connosco. Pouco depois chega um jovem de automóvel que se lhe dirige, cumprimenta-a, e, delicadamente, beija-lhe a mão…

Simplistamente, temos a ideia que o Aleixo, e outros “aleixos” que por aí há, só são frequentados por pessoas dos bairros onde o nível de educação não destoa do ambiente. Porém, o caso de ontem deixa-nos a pensar que também a gente “fina” pode acabar por fazer do Aleixo a sua casa onde vivem e pernoitam! Uns vão e vêm, outros estacionam.

Adictos ou não, o que é certo, é que é enorme o trambolhão das suas vidas e das suas pessoas subjugadas à dependência em que se deixaram mergulhar!

Esperemos que cada um, consciente do beco em que se meteu, se esforce e vá procurando saídas para uma vida melhor e digna.

Os recados vão ficando, deixados discretamente nestas visitas à espera que este e outros impulsos façam germinar a boa semente.

Demos um passo, esperamos os deles, e confiamo-los a Deus…
Franjas Sociais