D. Fouad Twal, Patriarca Latino de Jerusalém
«Primavera árabe», sinal de maturidade dos jovens Os protestos no Médio Oriente e no norte de África não dão sinal de arrefecimento: em particular, os jovens são os protagonistas da chamada "primavera árabe". A este propósito, eis o que disse o Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, entrevistado pela Rádio Vaticano:
Dom Fouad Twal:- "Esses movimentos são para mim um sinal positivo, uma demonstração de maturidade por parte dos jovens. São protestos que não têm uma bandeira política: jamais utilizaram slogan anti-sionistas ou anti-imperialistas. Os jovens que tomaram as praças apenas querem uma mudança clara e nítida: trabalhar um pouco mais, com mais dignidade e mais respeito. Sem dúvida, trata-se de um fenómeno que deve ser apoiado por todos. Devamos todos ter consciência de que nenhum Estado, nem os Estados árabes, nem Israel, estão imunes a essas mudanças. Todos devem preparar-se, talvez fazendo algum gesto concreto antes de se encontrar em dificuldade. Todo o país, todo o dirigente político, deve entender que todos estamos expostos a esse tipo de protestos e que, portanto, é justo e aconselhável tomar providências concretas a favor da juventude."
RV: O senhor declarou também que os cristãos do Oriente Médio não deveriam ficar à margem desses movimentos. Por qual motivo?
Dom Fouad Twal:- "Porque somos parte integrante do nosso povo: os seus sofrimentos são os nossos sofrimentos e as aspirações dos jovens são as nossas aspirações. Além disso, a Igreja na história apoiou sempre os movimentos que pedem mais paz, mais dignidade, democracia, liberdade de consciência e de culto. Sempre foi o nosso programa. Aliás, é arriscado para nós ficar de fora e deixar que essas mudanças se realizem sem a influência da Igreja e dos princípios cristãos, que são os princípios humanos de democracia e liberdade."
Dom Fouad Twal:- "Porque somos parte integrante do nosso povo: os seus sofrimentos são os nossos sofrimentos e as aspirações dos jovens são as nossas aspirações. Além disso, a Igreja na história apoiou sempre os movimentos que pedem mais paz, mais dignidade, democracia, liberdade de consciência e de culto. Sempre foi o nosso programa. Aliás, é arriscado para nós ficar de fora e deixar que essas mudanças se realizem sem a influência da Igreja e dos princípios cristãos, que são os princípios humanos de democracia e liberdade."
RV: O senhor não se cansa de pedir aos cristãos do mundo ocidental mais interesse e participação em relação às vicissitudes dos cristãos do Médio Oriente...
Dom Fouad Twal:- "Gostaria que a comunidade internacional, bem como os cristãos dos países ocidentais, se sentissem connosco mais responsáveis por essas belas, pequenas comunidades cristãs que se encontram aqui no Médio Oriente. Gostaria que todos se recordassem que esta é a Igreja mãe, a sua Terra Santa, que aqui estão as suas raízes. Gostaria que cada cristão se sentisse responsável connosco pelo desenvolvimento, pela liberdade e pela dignidade desta pequena comunidade cristã." (RL)
Dom Fouad Twal:- "Gostaria que a comunidade internacional, bem como os cristãos dos países ocidentais, se sentissem connosco mais responsáveis por essas belas, pequenas comunidades cristãs que se encontram aqui no Médio Oriente. Gostaria que todos se recordassem que esta é a Igreja mãe, a sua Terra Santa, que aqui estão as suas raízes. Gostaria que cada cristão se sentisse responsável connosco pelo desenvolvimento, pela liberdade e pela dignidade desta pequena comunidade cristã." (RL)
Fonte: Rádio Vaticano Foto: Catholic Defender 2000
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