quarta-feira, 4 de maio de 2011

«Querem calar» a Igreja denuncia o bispo de Beja

O bispo de Beja denunciou hoje as correntes de pensamento que “querem calar” a Igreja Católica e remetê-la para “dentro da sacristia”.
As palavras de D. António Vitalino, recolhidas pela Agência Ecclesia, foram proferidas na missa que abriu o terceiro dia de trabalhos da 177.ª assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decorre em Fátima, 130 km a norte de Lisboa.
“Temos tanto o direito como os outros de afirmar aquilo em que acreditamos”, afirmou o prelado aos jornalistas, após a eucaristia, acrescentando que a Igreja “não deve ter medo, perante as minorias, de dizer aquilo em que a maioria ainda acredita, crê e vive”.












“Temos que fazer anúncio e denúncia. Anúncio do que acreditamos, dos valores fundamentais da sociedade, justiça social, família e educação, entre outros. E quando há decisões políticas e económicas que os contrariam, temos que os denunciar e mostrar os motivos”, frisou.
Para o bispo de Beja “não basta acusar”, sendo igualmente necessário demonstrar “com argumentos, e sobretudo com posturas de verdade, justiça e amor”, que a Igreja denuncia “mais com testemunho do que com palavreado”: “Às vezes dizem-se muitas palavras mas testemunha-se pouco”, referiu.
Na primeira eucaristia em que o cardeal-patriarca participou após a sua eleição como novo presidente da CEP, o bispo de Beja sublinhou a “grande responsabilidade” dos prelados, que precisam de se “abrir à verdade”.
A “confiança de que Deus quer salvar a todos interpela-nos sobre qual é o nosso ministério”, assinalou António Vitalino na missa que contou com a participação de 35 prelados.
O também presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana referiu que no contexto de “uma profunda crise económica”, os bispos são “chamados a administrar a economia da salvação, que às vezes parece estar em crise”.
Os trabalhos da assembleia plenária da CEP decorrem até ao próximo dia 5 de maio, altura em que tem lugar uma conferência de imprensa e é publicado o comunicado final.

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