É «urgente» ajudar já os pobres
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) frisou hoje a "urgência" de colocar "já" no terreno a ajuda aos mais pobres, sublinhando que esses apoios constituem um auxílio "premente" e inadiável.
"Quem está na classe média não sente as urgências na pele, mas há muita gente a sentir a dificuldade de arranjar o pão de cada dia", afirmou o padre Manuel Morujão na conferência de imprensa realizada ao início da tarde no Santuário de Fátima, onde até quinta-feira decorre a 177.ª assembleia plenária da CEP. "Dizer a um esfomeado que o vamos ajudar quando a situação económica do país melhorar, só se for para ajudá-lo a fazer um belo enterro", afirmou o sacerdote, acrescentando que a população está "na vertente mais crítica", sofrendo "as consequências graves da crise". Manuel Morujão salientou que a Igreja Católica é a entidade "que mais tem as mangas arregaçadas para servir" e recordou as dificuldades financeiras sentidas por instituições de apoio social. O porta-voz assinalou que a Caritas Portuguesa "sente uma diminuição das suas possibilidades de responder aos pedidos, que nos últimos meses aumentaram 40%", o que constitui "um sinal muito claro" de que a ajuda do Governo aos organismos de apoio social "é um grande serviço ao povo português". "É triste ver que instituições que vivem para servir os mais carenciados, põem este alerta: 'já estamos a responder não'", afirmou o porta-voz da CEP, acrescentando que "onde não deveria faltar dinheiro seria nas obras que estão na linha da frente de ajudar os que mais precisam".
RM / Agência Ecclesia
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