Via-Sacra no Coliseu de Roma lembrou o sofrimento das crianças e as perseguições aos cristãos
Bento XVI presidiu a noite passada à tradicional Via-Sacra de sexta-feira Santa, no Coliseu de Roma, lembrando o sofrimento das crianças e a «mentira» na sociedade de hoje.
Na oração inicial desta celebração, alertou-se para a «desordem do coração» que «desfigura a ingenuidade dos pequeninos e dos fracos».
O Papa falou ainda das «várias máscaras da mentira» que «ridicularizam a verdade» e «as lisonjas do sucesso» que sufocam o «apelo íntimo à honestidade», bem como de um «vazio de sentido e de valores» na educação.
Durante a cerimónia, aludiu-se ao «peso da perseguição contra a Igreja de ontem e de hoje, a perseguição que mata os cristãos em nome de um deus alheio ao amor e a que mina a sua dignidade com "lábios mentirosos e palavras arrogantes"».
«Jesus carregou o peso da perseguição contra Pedro, aquela contra a voz clara da "verdade que interpela e liberta o coração". Jesus, com a sua Cruz, carregou o peso da perseguição contra o seus servos e discípulos, contra aqueles que respondem ao ódio com o amor, à violência com a mansidão», assinalava a meditação.
No final da celebração, Bento XVI apresentou um convite a meditar sobre o «silêncio da cruz, o silêncio do amor, que leva o peso da dor».A cruz, que parece uma «derrota», disse, «não é o sinal da vitória da morte, mas o sinal luminoso do amor».
«Fixemos bem aquele homem crucificado entre a terra e o céu, contemplemo-lo com um olhar mais profundo, e descobriremos que a Cruz não é o sinal da vitória da morte, do pecado, do mal, mas o sinal luminoso do amor, mais ainda, da imensidão do amor de Deus, daquilo que não teríamos jamais podido pedir, imaginar ou esperar: Deus debruçou-Se sobre nós, abaixou-Se até chegar ao ângulo mais escuro da nossa vida, para nos estender a mão e atrair-nos a Si, levar-nos até Ele.
A Cruz fala-nos do amor supremo de Deus e convida-nos a renovar, hoje, a nossa fé na força deste amor, a crer que em cada situação da nossa vida, da história, do mundo, Deus é capaz de vencer a morte, o pecado, o mal, e dar-nos uma vida nova, ressuscitada».A autora dos textos lidos durante a Via-Sacra, Maria Rita Piccione, quis dar espaço «à voz da infância, por vezes insultada, magoada, explorada», não só devido aos abusos sexuais, «pois o campo é muito amplo e diz respeito à toda a humanidade».A monja de clausura italiana referiu à Rádio Vaticano que a redacção dos textos foi inspirada pelos crentes e por «todas as pessoas», bem como pelo «coração humano», que descreveu «como um laboratório no qual se decidem o destino do que acontece em nível muito mais amplo».No início de cada estação, aparecia «uma frase muito breve que pretende oferecer a chave de leitura da respectiva estação».
«Podemos recebê-la como que vinda de uma criança, numa espécie de apelo à simplicidade dos pequeninos que sabem captar o coração da realidade e num espaço simbólico de acolhimento, na oração de Igreja, da voz da infância por vezes ofendida e explorada», pode ler-se na apresentação das reflexões.
Correspondendo a um desejo da autora das meditações deste ano, duas crianças leram as introduções a cada estação.
A cruz foi transportada ao longo do percurso, entre outros, pelo cardeal Agostino Vallini, vigário do Papa para a diocese de Roma; uma família romana e outra da Etiópia; duas monjas agostinhas; um franciscano e uma rapariga egípcia; um doente em cadeira de rodas e dois frades da custódia da Terra Santa.
O Papa pede todos os anos a um autor diferente para redigir as reflexões da celebração, seguida por dezenas de milhares de peregrinos com velas na mão que se concentram junto ao Coliseu, na capital italiana, e por milhões de pessoas em todo o mundo, através dos meios de comunicação social.
Na oração inicial desta celebração, alertou-se para a «desordem do coração» que «desfigura a ingenuidade dos pequeninos e dos fracos».
O Papa falou ainda das «várias máscaras da mentira» que «ridicularizam a verdade» e «as lisonjas do sucesso» que sufocam o «apelo íntimo à honestidade», bem como de um «vazio de sentido e de valores» na educação.
Durante a cerimónia, aludiu-se ao «peso da perseguição contra a Igreja de ontem e de hoje, a perseguição que mata os cristãos em nome de um deus alheio ao amor e a que mina a sua dignidade com "lábios mentirosos e palavras arrogantes"».
«Jesus carregou o peso da perseguição contra Pedro, aquela contra a voz clara da "verdade que interpela e liberta o coração". Jesus, com a sua Cruz, carregou o peso da perseguição contra o seus servos e discípulos, contra aqueles que respondem ao ódio com o amor, à violência com a mansidão», assinalava a meditação.
No final da celebração, Bento XVI apresentou um convite a meditar sobre o «silêncio da cruz, o silêncio do amor, que leva o peso da dor».A cruz, que parece uma «derrota», disse, «não é o sinal da vitória da morte, mas o sinal luminoso do amor».
«Fixemos bem aquele homem crucificado entre a terra e o céu, contemplemo-lo com um olhar mais profundo, e descobriremos que a Cruz não é o sinal da vitória da morte, do pecado, do mal, mas o sinal luminoso do amor, mais ainda, da imensidão do amor de Deus, daquilo que não teríamos jamais podido pedir, imaginar ou esperar: Deus debruçou-Se sobre nós, abaixou-Se até chegar ao ângulo mais escuro da nossa vida, para nos estender a mão e atrair-nos a Si, levar-nos até Ele.
A Cruz fala-nos do amor supremo de Deus e convida-nos a renovar, hoje, a nossa fé na força deste amor, a crer que em cada situação da nossa vida, da história, do mundo, Deus é capaz de vencer a morte, o pecado, o mal, e dar-nos uma vida nova, ressuscitada».A autora dos textos lidos durante a Via-Sacra, Maria Rita Piccione, quis dar espaço «à voz da infância, por vezes insultada, magoada, explorada», não só devido aos abusos sexuais, «pois o campo é muito amplo e diz respeito à toda a humanidade».A monja de clausura italiana referiu à Rádio Vaticano que a redacção dos textos foi inspirada pelos crentes e por «todas as pessoas», bem como pelo «coração humano», que descreveu «como um laboratório no qual se decidem o destino do que acontece em nível muito mais amplo».No início de cada estação, aparecia «uma frase muito breve que pretende oferecer a chave de leitura da respectiva estação».
«Podemos recebê-la como que vinda de uma criança, numa espécie de apelo à simplicidade dos pequeninos que sabem captar o coração da realidade e num espaço simbólico de acolhimento, na oração de Igreja, da voz da infância por vezes ofendida e explorada», pode ler-se na apresentação das reflexões.
Correspondendo a um desejo da autora das meditações deste ano, duas crianças leram as introduções a cada estação.
A cruz foi transportada ao longo do percurso, entre outros, pelo cardeal Agostino Vallini, vigário do Papa para a diocese de Roma; uma família romana e outra da Etiópia; duas monjas agostinhas; um franciscano e uma rapariga egípcia; um doente em cadeira de rodas e dois frades da custódia da Terra Santa.
O Papa pede todos os anos a um autor diferente para redigir as reflexões da celebração, seguida por dezenas de milhares de peregrinos com velas na mão que se concentram junto ao Coliseu, na capital italiana, e por milhões de pessoas em todo o mundo, através dos meios de comunicação social.
Fonte: Radio Vaticano
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