Milhares de pessoas entram na Igreja Católica depois de um percurso de preparação que culmina na Vigília Pascal
O número de adultos a pedir o Baptismo aumenta no nosso país, numa época de forte secularização, com as opções dos pais que relegam esta decisão para a própria vontade dos filhos, e com a chegada de imigrantes de países não-cristãos.
Em Portugal, a maioria esmagadora dos Baptismos continua a decorrer antes do primeiro ano de vida (perto de 75 mil), mas nos últimos tempos são já mais de sete mil (números de 2008, últimos dados disponíveis) os que, anualmente, se tornam católicos depois dos 7 anos, idade que a tradição da Igreja associa aos que «atingiram a idade da razão».
Hoje em dia o número de Baptismos depois dos 7 anos representa, em todo o mundo, cerca de 15% do total.
Desde os primeiros tempos da Igreja Católica que o tornar-se cristão se processa através de um percurso estruturado, em fases diversas, que culminava com o Baptismo na Vigília Pascal.
A importância deste gesto é tal que se considera que a liturgia baptismal da Vigília só atinge a sua plenitude quando se celebra o Baptismo de adultos, ou pelo menos de crianças.
O processo destinado a atingir a fé e os conhecimentos requeridos pelo Baptismo e restantes sacramentos da iniciação cristã - Confirmação (ou Crisma) e Eucaristia - demora pelo menos três anos.
A iniciação cristã dos adultos começa com o pré-catecumenado, seguindo-se um tempo ligado ao conhecimento de Jesus, da Igreja e das verdades da fé cristã, denominado de catecumenado, onde se inclui o Rito de Eleição, que marca a transição das catequeses para a vertente espiritual.
Depois de terem recebido os sacramentos da iniciação, os adultos aprofundam o conhecimento sobre o cristianismo e inserem-se progressivamente na vida das comunidades.
O catecumenado, tal como foi pensado pela Igreja nos primeiros séculos, é a instituição que tem a missão de acompanhar estas pessoas no itinerário de fé até aos sacramentos do Baptismo, da Confirmação e da Eucaristia.
Andreia André, de Casal de Cambra, em Lisboa, é um exemplo de persistência numa jornada em busca da fé que conseguiu congregar toda a sua família.
«Os meus pais eram testemunhas de Jeová quando eu nasci, afastaram-se da religião durante um tempo, fui crescendo sempre com as bases de testemunha de Jeová mas sempre com uma grande curiosidade sobre a Igreja” recordou a jovem, em entrevista ao Programa da Igreja Católica na Antena 1.
Joana Martins, por exemplo, começou a questionar a sua fé quando se relacionava com as colegas da faculdade, todas crentes.
Daí ao passo de querer ser baptizada foi o aumento da expectativa e ainda, em preparação, esta jovem deixa o testemunho de se encantar com a Igreja.
Foi na preparação para um casamento misto que André Silva percebeu que a sua vocação era ser baptizado e por isso este consultor informático vai receber, nesta Vigília Pascal, em Nova Oeiras, os sacramentos do Baptismo, Crisma e Eucaristia.
Fonte: agencia.ecclesia.pt
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