Vaticano anuncia detalhes da cerimónia de beatificação de João Paulo II
«Uma gigantesca personalidade com fé forte e coerente que defendia a dignidade de todos os homens». Assim foi apresentada pelo cardeal vigário Agostino Vallini a figura do próximo beato da diocese de Roma, João Paulo II, na conferência de imprensa sobre a beatificação do Papa Wojtyla, na Sala de Imprensa vaticana.
O coração da beatificação terá três momentos: a vigília do dia 30 de Abril, no Circo Máximo, a missa da beatificação no dia 1 de Maio, na Praça São Pedro, presidida pelo Papa em concelebração com os cardeais, e a missa de acção de graças do dia 2 de Maio, também na Praça São Pedro, presidida pelo cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone.
Todas as decisões sobre os diversos detalhes da cerimónia de beatificação ainda não foram tomadas, como as que dizem respeito às relíquias, a pessoa que as levará, etc. A impressão da imagem do novo beato para o pano que será colocado na fachada da Basílica vaticana ainda está em andamento. A imagem escolhida ainda é segredo. Provavelmente será a mesma que foi escolhida para o poster da diocese de Roma, uma foto de João Paulo II feita pelo jornalista polaco Grzegorz Galazka no dia 8 de Dezembro de 1989, na veneração de Nossa Senhora Imaculada, na Praça de Espanha, em Roma. A revelação da imagem do novo beato será um dos momentos mais particulares e emocionantes da cerimónia de beatificação. A data da memória litúrgica será anunciada pelo Santo Padre durante a cerimónia.
A vigília terá um carácter mundial e romano, ressaltou o cardeal vigário. Na primeira parte, quem darão testemunhos serão o cardeal Stanislao Dziwisz, que por longos quase 40 anos foi secretário pessoal de Wojtyla; Joaquín Navarro-Valls, porta-voz da Santa Sé na época de João Paulo II, e Marie Simon Pierre Normand, freira francesa curada pela intercessão do futuro beato.
A segunda parte da vigília terá início com o canto "Totus Tuus", e serão recitados os mistérios luminosos do rosário, introduzidos pelo Papa polaco. A oração acontecerá em ligação com os cinco santuários marianos visitados pelo pontífice: Lagniewniki, em Cracóvia (Polónia); Kawekamo, Bugando (Tanzânia); Notre Dame du Lebanon, em Harissa (Líbano); a Basílica de Santa Maria de Guadalupe, na Cidade do México, e por fim, o Sanutário de Fátima, em portugal. Cada santuário rezará por uma intenção particular: os jovens, a família, a evangelização, a esperança e a paz dos povos e a Igreja.
A segunda parte da vigília terá início com o canto "Totus Tuus", e serão recitados os mistérios luminosos do rosário, introduzidos pelo Papa polaco. A oração acontecerá em ligação com os cinco santuários marianos visitados pelo pontífice: Lagniewniki, em Cracóvia (Polónia); Kawekamo, Bugando (Tanzânia); Notre Dame du Lebanon, em Harissa (Líbano); a Basílica de Santa Maria de Guadalupe, na Cidade do México, e por fim, o Sanutário de Fátima, em portugal. Cada santuário rezará por uma intenção particular: os jovens, a família, a evangelização, a esperança e a paz dos povos e a Igreja.
Depois da vigília, oito igrejas romanas ficarão abertas durante toda a noite para a oração individual dos peregrinos. Será exposto o Santíssimo para adoração e será possível confessar-se.
A missa de beatificação será precedida por uma oração da coroa da Divina Misericórdia, introduzida pela santa Irmã Faustyna Kowalska, muito querida por João Paulo II. A recitação terminará com uma invocação da misericórdia e o canto do «Jezu ufam Tobie» (em polaco, «Jesus confio em ti» ).
Pela segunda vez, depois das mudanças na praxe, Bento XVI presidirá à cerimónia da beatificação - a primeira vez aconteceu em Inglaterra, onde o Papa fez beato o cardeal John Henry Newman. Para concelebrar a missa com o pontífice estarão somente os cardeais. Quantos, ainda não se sabe, mas certamente entre eles estará o cardeal Agostino Vallini, pelo facto de ser bispo da postulação, e também o cardeal Stanislao Dziwisz, porque Cracóvia é a segunda cidade do culto.
O canto, seja na vigília, seja na missa, será animado pela Capela Musical Pontifícia, pelo Coro da Diocese de Roma e pela Orquestra do Conservatório de Santa Cecília. Na missa de acção de graças estará presente o Coro de Varsóvia (capital da Polónia) e a Orquestra Sinfónica de Wadowice, cidade natal de Karol Wojtyla.
A comunhão na Praça São Pedro e na Via della Conciliazione será distribuída por 500 sacerdotes, e na área à volta da Praça de São Pedro por outros 300. Para aqueles que não terão a possibilidade de recebê-la, logo depois acontecerá uma missa.
No dia 2 de Maio, na missa de acção de graças, será usado pela primeira vez o missal com a oração ao novo beato. Os textos já foram apresentados e aprovados pela Congregação para o Culto Divino. Os textos originais são em latim e italiano, mas estão previstas as traduções em várias línguas. Pelo facto da universalidade do futuro beato pontífice, todos poderão usar os textos.
O acesso a todas as celebrações é livre e sem bilhetes. Especula-se muito sobre o número de peregrinos. O número real para os organizadores é 300 mil pessoas. Logo depois do anúncio da data, os hoteis romanos elevaram muito os preços. A Obra Romana Peregrinações (ORP), encarregada do aspecto organizativo da chegada dos peregrinos fez um acordo com os directores dos hoteis para não aumentarem muito os preços, e ainda há vagas. «Não tenham medo de convidar as pessoas a virem a Roma», encorajou durante a Conferência Don Caesar Atuire, Administrador Delegado da ORP.
Para os peregrinos que virão em autocarros de turismo estão previstos estacionamentos. Para os dias 30 de Abril, 1 e 2 de Maio, a ORP propõe o «JPII Pass», um bilhete especial que inclui o bilhete para o transporte público para facilitar a chegada das pessoas aos lugares das cerimónias, o lanche e visita aos lugares cristãos da Cidade Eterna presentes na oferta da ORP. A comida está prevista para os peregrinos depois da vigília e da missa de beatificação. Com a contribuição dos patrocinadores, a ORP oferecerá aos peregrinos água e alguma coisa para comer.
Fonte: Gaudium Press
Fonte: Gaudium Press
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