quarta-feira, 1 de junho de 2011

Intenções do Santo Padre para Junho de 2011























Intenção Geral: sacerdotes, testemunhas do amor de Deus

Para que os sacerdotes, unidos ao Coração de Jesus, sejam sempre verdadeiras testemunhas do amor providente e misericordioso de Deus.
«O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus», dizia com frequência o Santo Cura d’Ars. Esta comovedora expressão mostra-nos como devemos reconhecer, com devoção e admiração, o dom imenso que representam os sacerdotes, não só para a Igreja, mas também para a humanidade.
Todos os sacerdotes devem considerar dirigidas a si as palavras que o mesmo Santo colocava na boca de Jesus: «Encarregarei os meus ministros de anunciar aos pecadores que estou sempre disposto a recebê-los, que a minha misericórdia é infinita».
Esta tarefa que Deus confiou aos sacerdotes aplica-se a todos os fiéis, mas sobretudo àqueles que se sentem acabrunhados e desanimados por causa dos seus pecados. Os sacerdotes devem mostrar-lhes que Deus perdoa sempre e todos os pecados, por maiores que sejam, porque a misericórdia de Deus é infinita. Por sua vez, os sacerdotes devem manifestar esta misericórdia na maneira como acolhem os pecadores e em tudo o que se refere ao encontro com esses irmãos, numa situação em que eles necessitam, de modo particular, de um acolhimento caridoso.

Imitar a Deus e a Cristo

O Evangelho refere-nos as palavras de Cristo: «Eu conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me» (Jo 10, 4). Esta frase de S. João deve dar-nos uma grande alegria, porque ela nos mostra que Deus nos conhece e Se preocupa com cada um. Mostra também, e de um modo particular aos sacerdotes, que devem partilhar as preocupações de Deus pelos homens. Como sacerdotes devem, em comunhão com o amor de Deus, cuidar dos homens, levando estes a experimentar profundamente esta atenção de Deus; deveriam poder dizer, com Jesus: «Eu conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-me». E «conhecer», na Sagrada Escritura, significa estar interiormente perto do outro, amá-lo. Os sacerdotes devem esforçar-se por «conhecer» os homens da parte de Deus e com vistas a Deus; devem procurar caminhar com eles na senda da amizade com Deus.
A «linguagem» do Coração de Jesus fala, sobretudo, de Deus como Pastor dos homens e assim nos manifesta o sacerdócio de Jesus que está arraigado no íntimo do seu Coração. Deste modo, podemos afirmar que o ministério sacerdotal está sempre fundado no Coração de Jesus e é vivido a partir dele. O sacerdote deve repetir, com humildade, as palavras e os gestos de Cristo aos fiéis cristãos de todo o mundo, identificando-se com os seus pensamentos, desejos e sentimentos.

O sacerdócio ministerial ao serviço do sacerdócio baptismal

O sacerdócio ministerial está ao serviço do sacerdócio baptismal. Por isso se pede, na intenção deste mês, que os sacerdotes: «… sejam sempre verdadeiras testemunhas do amor providente e misericordioso de Deus». Os ministros ordenados celebram os sacramentos para alimentar a vida da Igreja. Eles são os pastores do povo, particularmente dos mais pobres. Acompanham as pessoas, as famílias, as comunidades em relação às quais estão chamados a ser reflexo do Coração de Cristo. Na Igreja do Ocidente, são os que seguem o caminho do celibato consagrado, imitando mais de perto a Cristo que viveu célibe, para serem sinais do seu amor por todos.
Entre as pessoas dedicadas ao serviço do Evangelho, encontram-se de modo particular os sacerdotes, chamados a proclamar a Palavra de Deus, administrar os sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Reconciliação, entregues ao serviço dos mais pequenos, dos doentes, dos que sofrem, dos pobres e de quantos passam por momentos difíceis, nas regiões da terra onde existem muitos que ainda não conhecem ou pelo menos não tiveram um verdadeiro encontro com Ele.

Oração pelos sacerdotes

Pelo facto de que se trata de seres humanos débeis, como todos, susceptíveis de se sentirem desanimados, tristes e solitários, é que o Papa nos convida a rezar pelos sacerdotes. Eles necessitam do apoio da nossa oração. Pedimos, em primeiro lugar, que eles estejam unidos ao Coração de Cristo. Não pode ser de outra maneira, uma vez que o seu ministério brota do Coração do Único Sacerdote, Jesus Cristo, mediador da Nova Aliança. É no seu Coração que Cristo superou o sacerdócio antigo, externo, ritual, e o transformou num sacerdócio existencial, interior, baseado no amor. O seu Coração é o centro e a fonte da Nova Aliança. O seu sacerdócio continua para sempre no Céu, onde não cessa de interceder por nós diante do Pai.
Para serem testemunhas do amor de Deus, os sacerdotes necessitam de ser apoiados e estimados pelas suas comunidades. Por isso, além da nossa oração, podemos também promover acções concretas encaminhadas a consolidar nas paróquias, colégios e movimentos, um ambiente de apreço e valorização dos seus sacerdotes. Devemos educar os nossos filhos e os membros das nossas comunidades a serem próximos dos seus sacerdotes, a colaborarem com eles, a oferecerem-lhes um apoio concreto.

Intenção Missionária: vocações para a difusão do Reino de Deus

Para que o Espírito Santo faça surgir, no seio das nossas comunidades, numerosas vocações missionárias, dispostas a consagrarem-se plenamente à difusão do Reino de Deus.
Pedimos, na Intenção deste mês, que o Espírito Santo faça surgir vocações missionárias. Mas não se trata aqui de uma petição para que o Espírito aja somente noutras pessoas, que seriam os chamados à vocação religiosa, e não em nós mesmos. O Espírito Santo quer tocar também os nossos corações e comprometer-nos pessoalmente neste pedido. Toca também a cada um de nós um compromisso activo para tornar realidade aquilo que pedimos. Trata-se de assumir um papel activo e eficaz na promoção das vocações.
Toda a comunidade cristã, e não só os sacerdotes e os religiosos e as religiosas, é responsável por promover e trabalhar pelas vocações de que necessitamos. Devemos criar nos nossos ambientes o que se chama «cultura vocacional», isto é, um clima paroquial e eclesial que acolha e aprecie a vocação religiosa, que fomente o terreno propício para o surgimento das vocações.
Devemos trabalhar para criar a cultura vocacional de que falámos, em primeiro lugar, por meio da oração: que se reze com frequência nas nossas liturgias, pedindo vocações. Mas existem outras acções concretas que ajudarão, por exemplo, estabelecendo grupos específicos de oração por esta intenção nas paróquias e colégios, que tenham por missão recordar esta intenção e torná-la presente no resto da comunidade.
Mas o específico deste mês é pedir por vocações missionárias, quer dizer, pessoas dispostas a gastar as suas vidas nas fronteiras da fé, anunciando a Jesus Cristo em ambientes difíceis. Estas «terras de missão» encontramo-las também em países ocidentais, tradicionalmente católicos, mas que se paganizaram.
Pedimos também, na nossa oração, que se fomente a vocação missionária em relação a todos os cristãos. Felizmente, hoje em dia, há muitos leigos que se oferecem para exercer uma missão missionária fora do seu país. Neste mês, pedimos também para que haja muitos que os imitem neste espírito verdadeiramente missionário.
Fonte: António Coelho, s.j./Apostolado da Oração

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