48 milhões de pessoas deixam de ser alimentadas por ano
Investir nas tecnologias pós-colheita para reduzir as perdas de alimentos poderia contribuir muito para o aumento de oferta de alimentos na África subsaariana. Esta é a questão central do relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e do Banco Mundial, lançado, nesta semana, por ocasião de um encontro entre especialistas e técnicos da área. O relatório intitula-se “Alimento Perdido: o caso dos grãos perdidos após a colheita na África Subsaariana”. Conforme consta no documento, essas perdas são estimadas em quatro mil milhões de dólares por ano. “Todo este alimento desperdiçado bastaria para satisfazer os requisitos mínimos nutricionais de, pelo menos, 48 milhões de pessoas”, afirma a vice-directora geral da FAO, Maria Helena Semedo. Para ela, “se concordamos que é preciso desenvolver sistemas agrícolas sustentáveis que possam tirar da situação de fome nove mil milhões de pessoas até 2050, enfrentar o problema do desperdício ao longo da cadeia alimentar deve ser um ponto chave das futuras estratégias alimentares nacionais”.
De acordo com o sistema africano de informação sobre perdas de grãos pós-colheita, as perdas físicas de grãos, na primeira fase de elaboração, variam entre 10 e 20% do montante total. Somente na África oriental e meridional as perdas são estimadas em mil milhões e 600 milhões de dólares ao ano, cerca de 13% do valor total da produção de grãos.
Fonte: ED/Rádio Vaticano
Sem comentários:
Enviar um comentário