sexta-feira, 11 de março de 2011

Respeito da natureza só é possível quando humanidade assumir que foi criada por Deus, considera Papa






















O Papa considera que a salvaguarda da natureza só pode ser assegurada quando a humanidade assumir que foi criada por Deus, respeitando a presença divina em toda a criação, em especial no ser humano.
“O primeiro passo para uma recta relação com o mundo que nos circunda” consiste em reconhecer que “o homem não é Deus, mas a Sua imagem”, escreve Bento XVI em mensagem divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
O texto, dirigido ao presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, arcebispo Geraldo Lyrio Rocha, saúda a Campanha da Fraternidade, promovida por todas as dioceses da Igreja católica brasileira ao longo da Quaresma.
Referindo-se ao tema da iniciativa – ‘Fraternidade e vida no Planeta’ – o Papa realça que o “dever de cuidar” da natureza “é um imperativo que nasce da consciência de que Deus confia a Sua criação ao homem não para que este exerça sobre ela um domínio arbitrário, mas que a conserve e cuide como um filho cuida da herança de seu pai”.
“Pensando no lema da referida Campanha, ‘a criação geme em dores de parto’, (…) podemos incluir entre os motivos de tais gemidos o dano provocado na criação pelo egoísmo humano”, salientou Bento XVI, referindo-se à protecção da natureza como “uma grande herança” que “Deus confiou aos brasileiros”.
Segundo o Papa, só se pode “falar de uma autêntica defesa do meio ambiente” quando a sociedade garante a vida humana, “desde a sua concepção até a morte natural”, e protege a “família baseada no matrimónio entre um homem e uma mulher”.
A mensagem acentua que a preservação da natureza também não pode ser conseguida “sem uma verdadeira defesa daqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade”,“que perderam tudo, vítimas de desastres naturais”. incluindo as pessoas
A Campanha da Fraternidade foi iniciada em 1964, sendo esta a quarta vez que reflecte sobre a ecologia: em 1979 foi abordado o tema “Preserve o que é de todos”; em 2004, “Água, fonte de vida”; e em 2007, ”Vida e missão neste chão”, acerca da Amazónia.

RM / Agência Ecclesia

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