sexta-feira, 25 de março de 2011

“O mundo precisa de homens e mulheres pacíficos e pacificadores”, diz o Papa na audiência geral



















«Hoje, como no tempo de São Lourenço, o mundo precisa muito de paz, precisa de homens e mulheres pacíficos e pacificadores. Todos aqueles que crêm em Deus devem ser sempre fontes e trabalhadores da paz». Na passada quarta-feira, ao falar de São Lourenço de Brindes na catequese da tradicional audiência geral da semana, retomada após a interrupção na semana passada devido aos Exercícios Espirituais, o Papa reflectiu sobre a paz no mundo moderno e fez referências ao actual conflito na Líbia. Pela primeira vez após o período invernal na Europa, a audiência geral aconteceu novamente na Praça de São Pedro, na presença de 10 mil peregrinos. A esses, Bento XVI apresentou o Doutor da Igreja São Lourenço, que nasceu em Brindes, na Itália, no século XVI. Após a morte do pai, foi confiado pela sua mãe aos frades capuchinhos. Em 1575, torna-se ele próprio um capuchinho, e em 1582, é ordenado sacerdote. Foi canonizado em 1881 e recebeu, pela sua «vigorosa e intensa actividade», pela sua ciência «vasta e harmoniosa», o título de Doutor Apostolicus pelo Papa João XXIII, em 1959, por ocasião do quarto centenário de seu nascimento.

O santo capuchinho foi um «pregador eficaz» graças a um profundo conhecimento da Bíblia, e também da literatura rabínica. Este conhecimento permitiu-lhe «ilustrar de forma exemplar a doutrina católica também aos cristãos que, sobretudo na Alemanha, tinham aderido à Reforma», explicou o Papa.
Segundo Bento XVI, o santo foi um homem de paz e «conselheiro muito requisitado e ouvido», tendo um dom para uma retórica convincente tanto no âmbito diplomático quanto no diálogo ecuménico, e também para com as pessoas mais humildes. «Ele dirigia-se às gentes humildes para chamar todos à coerência da própria vida com a fé professa», observou o Papa.

O seu exemplo, como dos capuchinhos e de outras ordens religiosas nos séculos XVI e XVII, uma enorme contribuição para a renovação da vida cristã. Exemplo que deve ser seguido nos dias actuais. «Também hoje, a nova evangelização precisa de apóstolos bem preparados, zeloso e corajosos, para que a luz e a beleza do Evangelho prevaleçam sobre as orientações culturais do relativismo ético e da indiferença religiosa, e transformem os vários modos de pensar e agir em um autêntico humanismo cristão», disse o pontífice.

Falando sobre a espiritualidade de São Lourenço de Brindes, o Papa ressaltou o «excepcional fervor» do santo, que se exprimia na grande dedicação de seu tempo para oração e de forma especial para a celebração da Santa Missa.

«Na escola dos santos, cada presbítero, como frequentemente foi destacado durante o recente Ano Sacerdotal, pode evitar o perigo do activismo, isto é, agir esquecendo-se das motivações profundas do ministério, somente se preocupando com a própria vida interior», alertou o Papa.


Gaudium Press

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