sábado, 5 de fevereiro de 2011

Europa fracassa ao condenar perseguição religiosa

A Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) expressou sua decepção ao constatar que os governos da União Europeia não conseguiram chegar a um acordo para condenar as perseguições religiosas.
"A COMECE lamenta profundamente que os 27 ministros de Assuntos Exteriores da União Europeia tenham fracassado, em 31 de Janeiro, na hora de procurar um acordo sobre uma declaração conjunta que condenaria a perseguição religiosa", afirma um comunicado divulgado pelo organismo episcopal.
"Esta indecisão diplomática é ainda mais compreensível, dado que vidas inocentes são truncadas pelos ataques atrozes contra os cristãos e outras minorias no mundo inteiro", acrescenta o texto.
O acordo, sublinha a nota, fracassou devido às "negociações internas entre os ministros sobre uma referência específica aos cristãos entre as vítimas da perseguição religiosa".
"A COMECE surpreende-se diante desta decisão, dado que a opinião pública europeia é consciente da situação particular dos cristãos no Médio Oriente após os recentes ataques a igrejas no Iraque e no Egipto", esclarece o organismo episcopal.
Recorda, além disso, que o Parlamento Europeu (20 de Janeiro) e o Conselho da Europa (27 de Janeiro) haviam "preparado o caminho para uma condenação específica da perseguição dos cristãos, adoptando resoluções que condenam especificamente a violência" contra eles.
Os recentes ataques, denuncia o organismo, "não são casos isolados", dado que as estatísticas sobre a liberdade religiosa dos últimos anos mostram que a maioria dos actos de violência religiosa acontece contra os cristãos.
"O compromisso da União Europeia para apoiar os direitos fundamentais e a liberdade religiosa está claramente estabelecido no Tratado da União Europeia e na Carta dos Direitos Fundamentais", além de ter sido reafirmado "em muitas declarações", insistem os bispos.
Por este motivo, concluem, espera-se agora que "a União Europeia tome medidas concretas para transformar estes princípios gerais em uma acção política significativa". (ZENIT.org)

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