«Solidariedade aumenta em tempo de crise
Ainda não se verificam rupturas ao nível dos apoios dados pelas instituições particulares de solidariedade social, mas os “efeitos da crise” já se fazem sentir e exigem “respostas novas” ao aumento de pedidos de ajuda.
A constatação desta realidade foi manifestada ao Jornal da Madeira por entidades desta área.
Apesar de tudo, realça-se a “importância dos voluntários, enquanto contributo valioso na procura e manutenção dos equilíbrios necessários”.
“As instituições sentem, naturalmente, os efeitos da crise, apesar de, em geral, possuírem as providências necessárias, potenciadas, cada vez mais, por uma gestão de rigor e de eficácia”, disse, ao JM (Jornal da Madeira), Maria do Céu Carreira quando solicitada a comentar a actual situação na nossa sociedade.
Para esta especialista em sociologia económica “o presente e, mais ainda, o futuro próximo corporizam já algumas dúvidas e preocupações relevantes”, apesar dos apoios e donativos garantidos, por exemplo no caso da Madeira, “com as comparticipações financeiras do Governo Regional e das famílias”.
“Os novos pedidos de ajuda ou a ampliação das necessidades de ajuda nalguns casos, são muitas vezes difíceis, se não mesmo, impossíveis de atender”, reconhece. “Apesar de todos os esforços e das respostas possíveis, cresce a consciência - para que não vença o desânimo e a impotência – que novas soluções têm de emergir, baseadas na conjugação de maior número de número de vontades.
Todos não somos demais para vencer os desafios e dificuldades que hoje se colocam às IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), sociedade e poderes públicos”, garante Maria do Céu Carreira.
“Os tempos que hoje vivemos potenciam o papel e a acção das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Reforçam a sua imprescindibilidade. São tempos difíceis, tempos de rupturas várias, de exclusões e desafios, de respostas novas e de novos paradigmas”, considera.
A colaboração mútua entre instituições, é sem dúvida uma medida privilegiada de acção. O planeamento, a concertação de acções, o aproveitamento adequado e racional dos equipamentos existentes, a potenciação de uma rede ajustada – considerando ‘tipo’ e número de utentes, áreas de intervenção e geográficas, por exemplo, é caminho de percurso obrigatório”.
Nesta união de esforços, Maria do Céu Carreira destaca por outro lado o papel solidário desempenhado por “todos os movimentos da Igreja”, nomeadamente as “Conferências de S. Vicente de Paulo, a Legião de Maria, entre outros, insubstituíveis nas suas acções junto dos mais pobres, doentes e desamparados”.
Agência Ecclesia /JM»
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