segunda-feira, 4 de maio de 2009

Intenções do Santo Padre para Maio



Intenção Geral

VOCAÇÕES: RESPONSABILIDADE DE TODOS

Que os leigos e as comunidades cristãs se tornem promotores responsáveis das vocações sacerdotais e religiosas. Desde fins de Abril até princípios de Maio, realiza-se a Semana de orações pelas vocações. Daqui a razão da intenção geral deste mês de Maio.

Muitos leigos, em várias partes do mundo, lamentam-se da escassez de vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Mas só se lamentam, pensando que nada podem fazer para a solução deste problema, um dos mais importantes que a Igreja enfrenta.

Talvez pensem que é só tarefa dos bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas. Mas a Intenção geral deste mês esclarece que é também da responsabilidade dos leigos e de toda a comunidade participar activamente na promoção vocacional. O que se pode fazer para criar aquilo que João Paulo II chamou a «cultura vocacional»?

É isso que procuraremos ver. Responsabilidade de todos

Sobre esta responsabilidade, afirmava o Papa na Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, a 13 de Abril de 2008: «A Igreja é missionária no seu conjunto e em cada um dos seus membros. Se, graças aos sacramentos do Baptismo e da Confirmação, cada cristão é chamado a testemunhar e a anunciar o Evangelho, a dimensão missionária é especialmente ligada à vocação sacerdotal».

E sobre esta responsabilidade de todos, afirmou João Paulo II: «Seja de suporte à acção da família, a dos catequistas e professores cristãos, chamados de um modo especial a promover nos jovens o sentido da vocação. A tarefa deles é orientar as novas gerações para a descoberta do projecto de Deus sobre cada um, cultivando neles a disponibilidade a fazer da própria vida um dom para a missão».

A cada membro do povo de Deus corresponde uma missão específica. Dado que as necessidades da «messe» são tão grandes, todos os membros do povo de Deus devem ser cada vez mais conscientes de ter sido chamados a dar o seu contributo para a solução do problema da falta de vocações na Igreja. Meios concretos para promoção vocacional

a) Comunidades cristãs autênticas

Afirma o Papa, no documento já citado: «Para que a Igreja possa continuar a missão que lhe foi confiada por Cristo e não faltem os evangelizadores que o mundo necessita, será oportuno que nas comunidades cristãs nunca falte uma educação constante na fé das crianças e adultos».
E acrescenta, logo a seguir, o mesmo documento: «Somente num terreno bem cultivado brotam as vocações (…). As comunidades cristãs que vivem intensamente a dimensão missionária da Igreja, jamais serão levadas a fechar-se em si mesmas».

b) O exemplo de vida

O testemunho pessoal de vida é certamente dos mais eficazes para a promoção das vocações. Só mediante este testemunho os jovens poderão compreender o que é ser chamado por Deus e dar uma resposta positiva a este chamamento.

Afirma o Concílio Vaticano II, no documento sobre a formação sacerdotal: «O dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã que as deve promover sobretudo mediante uma vida plenamente cristã» (OT 2).

São necessários homens e mulheres que, com o seu testemunho, conservem vivos nos baptizados os valores fundamentais do Evangelho e façam emergir na consciência daqueles que são chamados a adesão ao projecto de Deus a seu respeito.

Só assim se poderá concretizar aquilo que João Paulo II definiu como «evangelizar a vida». Evangelizando a própria vida também se ajudará a evangelizar a vida daqueles que connosco contactarem, em especial os jovens que se interrogam sobre a finalidade das suas vidas.

c) A oração

«A messe é grande mas os operários são poucos. Rogai, pois, ao Senhor que mande operários para a sua messe» (Mt 9, 37-38). Rezando pelas vocações aprende-se a olhar com sabedoria evangélica o mundo e as necessidades de vida e salvação de todos os homens.

A oração move o coração de Deus e constitui a «chave poderosa para resolver o problema das vocações» (João Paulo II). Onde se reza com fervor e continuadamente, as vocações surgirão. É pela união com Cristo e a abertura ao mistério da graça, por meio da oração, que Deus despertará nos fiéis a adesão ao plano de Deus sobre eles.

É a oração por esta grande intenção da Igreja que nos é pedida neste mês de Maio.

Intenção Missionária

MISSÃO UNIVERSAL DA IGREJA

Que as Igrejas católicas de recente fundação, agradecidas pelo dom da fé, estejam disponíveis para participar na missão universal da Igreja, prontas para levar o Evangelho a todo o mundo. A intenção missionária deste mês de Maio, ao falar da universalidade missionária da Igreja, faz um chamamento particular às igrejas locais de recente fundação, sendo-lhes feito um apelo para que, apesar da sua juventude e falta de recursos, se abram ao envio de missionários a outras comunidades cristãs. Com efeito, toda a Igreja e todas as Igrejas particulares são enviadas a todos os povos. «Todas as Igrejas para todo mundo», poderia ser o lema da intenção missionária deste mês.

A melhor maneira de as jovens Igrejas agradecerem a fé que receberam será procurar levá-la a outros povos, apesar das dificuldades e obstáculos que se podem encontrar no seu próprio desenvolvimento. Mesmo sendo muitas as necessidades das próprias dioceses, devem sentir-se enviadas a desempenhar o seu ministério pastoral e o seu serviço apostólico a outras partes, inclusivamente a lugares de antiga evangelização.

Assim se realizará um «intercâmbio de dons» que redundará em benefício de todo o Corpo Místico de Cristo. A cooperação missionária deve intensificar-se, aproveitando as potencialidades dos carismas de cada um. Todas as comunidades cristãs e todos os baptizados devem tomar cada vez mais consciência de que o chamamento de Cristo a propagar o seu reino até aos confins da terra é universal.

«Toda a Igreja é missionária por sua própria natureza, já que o mandato de Cristo não é algo contingente e externo, mas alcança o coração mesmo da Igreja. Por isso, toda a Igreja e cada Igreja é enviada aos povos. Mesmo as Igrejas mais jovens (…) devem participar na missão universal da Igreja, enviando missionários a pregar o Evangelho por todas as partes do mundo» (Redemptoris missio, 62).

A acção missionária da Igreja tem hoje uma urgência e importância particulares. No nosso tempo, as palavras de Cristo antes de subir ao céu «Ide por todo o mundo e fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19-20), continuam a ressoar com particular actualidade.

Isto só acontecerá pela oração e esforço de todos e cada um.

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