sexta-feira, 8 de maio de 2009

Nossa Senhora Medianeira



Hoje festejamos o dia de Nossa Senhora Medianeira (nossa) junto do Trono do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É a Ela a quem recorremos na inspiração, na protecção, no conselho, nas angústias, nas dores, nas alegrias...


É a Ela a quem chamamos Arca da Aliança, Porta do Céu, Refúgio dos pecadores, Medianeira de todas as Graças. É com Ela que aprendemos a amar Deus e, sob a Sua protecção, vamos ao Seu encontro. Com Ela aprendemos a orar, a ter constância e perseverança na Fé, a aceitar alegremente a vontade de Deus. Com Ela ficamos fortalecidos na Esperança, na Fé, no Amor e na Sabedoria.


Deixamo-vos com a síntese de um texto sobre este dia, encontrado no sítio da Causa do Padre Pinho.
L.

«Diz a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria.»

Jacinta

(...)

«É por intermédio de Maria, que devemos esperar todas as graças — escrevia Sua Santidade Pio XII ao Cardeal Secretário de Estado, a 15 de Abril de 1942. Portanto exortamos a recorrerem a Ela, e especialmente no próximo mês que Lhe é dedicado... Todos sabem, na verdade, que sendo Jesus Cristo, Rei universal, Senhor dos que dominam e conservam em suas mãos as sortes dos indivíduos e dos povos, Sua Santa Mãe venerada por todos os fiéis como Rainha do mundo, tem junto dele o maior poder de intercessão. E se o primeiro milagre operado pelo Divino Redentor em Caná de Galileia, se deve à Sua suplicante misericórdia: se Seu Filho unigénito enquanto estava pendente na cruz, nos deixou o que Lhe era mais caro, dando-nos por mãe Sua própria Mãe; se finalmente no decorrer dos séculos os nossos antepassados recorreram a Ela confiadamente em todas as calamidades públicas e particulares: porque não nos confiaremos nós e todas as nossas coisas ao Seu poderosíssimo patrocínio, enquanto o mundo se debate numa pavorosa crise actual?

"Porque tudo obedece aos desígnios divinos, assim se pode ter por certo, que em qualquer momento, Seu Unigénito escuta benignamente as preces de Sua Divina Mãe; e agora especialmente que a Santíssima Virgem goza da eterna bem-aventurança no Céu, aureolada de triunfal coroa, e saudada como Rainha dos Anjos e dos homens. Pois se junto de Deus Ela goza de tanto poder, certamente terá piedade de nós, sendo como é Mãe amorosíssima".

No mesmo ano em Outubro, o mesmo Sumo Pontífice Pio XII, paralelamente ao que fez Leão XIII com o Coração de Jesus, confiando nessa especial mediação do Coração de Maria, "seguro de conseguir misericórdia e encontrar graça e auxílio oportuno nas presentes calamidades" consagrou o mundo ao Imaculado Coração da Virgem Mãe.

"Assim como ao Coração de Jesus foram consagrados a Igreja e todo o género humano, para que colocando nele todas as suas esperanças, lhe fosse sinal e penhor de vitória e salvação (é Pio XII que fala na dita Consagração) assim nós nos consagramos perpetuamente a Vós e ao vosso Coração Imaculado, à Mãe nossa e Rainha do mundo".

(...)

A Consagração é formalíssima nas palavras que se seguiram à mensagem e repetidas depois solenemente na Igreja de S. Pedro; e a proclamação de Nossa Senhora como Rainha do mundo, também nos parece bem explicita nos termos finais ainda agora citados: "O Mãe nossa e Rainha do mundo!"

Mas dir-se-ia que neste documento Sua Santidade Pio XII visava mais longe. Outro pedido não menos insistente e piedoso dos fiéis à Santa Sé tem sido o da definição dogmática da Mediação Universal de Nossa Senhora.

Afigura-se-nos, que este acto do Pontífice é como uma preparação próxima para o dia que não virá longe da suspirada definição.

Com efeito: a Consagração, em primeiro lugar pressupõe a Mediação de Maria Santíssima. Na verdade, Mediação significa a prerrogativa pela qual a Virgem Maria está colocada entre Deus e os homens para junto do Altíssimo interceder por eles, alcançando-lhes perdão dos pecados e penas merecidas e obtendo-lhes todas as graças e favores de que necessitam. E uma participação da Mediação primária e essencial de Cristo e por isso, dela inteiramente dependente, a ela subordinada e recebendo dela toda a eficácia e valor.

Para maior proveito e consolação dos homens concedeu Jesus à Sua e nossa Mãe esta glória que em nada obscurece a luz do sol pelo qual ela é iluminada — Delicadeza extrema do Coração de Jesus! "Nenhuma ternura nem dedicação da perfeita maternidade faltam à paternidade do Novo Adão; mas nós não sabemos bem vê-las nele; e Maria para os nossos olhos tão débeis, para os nossos corações tão desconfiados e tardios em crer, é uma revelação o mais persuasiva e o mais encantadora possível dessa ternura e dedicação. Vós nos dizeis, à Maria, o que o homem mais necessidade tem talvez de saber e que tanto lhe Custa a crer: que Deus é Pai e que ninguém é tão Pai como Ele e que Jesus tem por nós ternuras de Mãe!"

(...)

Hoje Maria Santíssima continua, a uníssono com Jesus, o Seu oficio de Medianeira, intercedendo sem cessar por nós junto de Deus.

(...)

Como Medianeira universal, Maria é distribuidora de todas as graças, por isso, Sua Santidade implora sem hesitação toda essa variedade de graças enumeradas na Consagração: "misericórdia e paz e as graças que podem num momento converter os humanos corações, as graças que preparam e conciliam a paz".

(...)

A Consagração pressupõe a Mediação universal de Maria. Mas há mais: o Papa claramente chama Medianeira a Nossa Senhora, na Mensagem de Outubro do 1942, a Portugal, nas palavras que precederam a Consagração: "Com todo o afecto de Nossa alma — diz — Nos unimos convosco para louvar e engrandecer ao Senhor, dador de todos os bens; para bendizer e dar graças Aquela por cujas mãos a magnificência Divina nos comunica torrentes de graças".

E mais expressamente se é possível: "hoje só nos resta a confiança em Deus e como Medianeira perante o trono divino, naquela que um Nosso Predecessor, no primeiro conflito mundial, mandou invocar como Rainha da Paz".

Além disso, no precioso documento encontram-se repetidas expressões com que se designam vários aspectos de Mediação de Nossa Senhora: "Rainha do Santíssimo Rosário: Auxílio dos Cristãos; Refúgio do género humano; Vencedora de todas as grandes batalhas de Deus; Mãe de Misericórdia; Rainha da Paz; Mãe nossa; Rainha do mundo".

(...)

Por isso a Jacinta nos ensina "que Deus nos concede todas as graças por meio do Coração Imaculado de Maria". E acrescenta também: "Que o Coração de Jesus quer que a Seu lado se venere o Coração Imaculado de Maria".

(...)

Em conclusão e resumo: o exercício da Mediação é essencialmente um exercício de amor e por isso, uma função essencialmente também do Coração de Maria.

Ler texto completo.

1 comentário:

Antão Gelson Feltrin Cassenott disse...

Nossa Senhora Medianeira de todas as graças
Nós lhe agradecemos pelas bençãos que derrama sobre nossas vidas.
Amém