domingo, 24 de maio de 2009

Nossa Senhora Auxiliadora



Auxiliadora,
Virgem Formosa,
dos pequeninos, Mãe dadivosa,
de mil tormentas entre o furor,
teus filhos salva, astro de amor.

O Arcanjo Gabriel ao levar a mensagem de Deus à Virgem Maria, apenas trocou um paraíso por outro. A alma de Maria era como um oceano de graça quase sem praias, sem horizontes, sem limites. A Virgem Maria é como um precioso diamante cravado na aliança entre Deus e os homens, anunciando as núpcias do céu com a terra.

Durante o diálogo da Anunciação do Anjo Gabriel com a Virgem Maria, um silêncio se fez no céu, a Trindade Santíssima com toda a corte celeste aguardava, ansiosa, a resposta da jovem Maria, e ao ouvirem o seu sim, trombetas anunciaram com grande júbilo da obediência e a vitória da mulher sobre a serpente. O Salvador estava para chegar; a humanidade ganhava uma poderosissima auxiliadora, a Virgem concebida sem pecado, a Arca da Nova Aliança, o Primeiro Sacrário de Jesus na terra.

A Auxiliadora

Os antigos romanos chamavam “Auxilia” às tropas aliadas que combatiam com as suas legiões. Assim o nome “Auxilia”, evoca lutas em campos de batalha, onde a vida se pode tornar heroísmo em defesa de um ideal.
A Igreja aqui na terra é também uma milícia; e os cristãos lutam pela defesa e pela propagação da fé. Nossa Senhora é o seu auxílio no combate e é terrivel como um exército em ordem de batalha.

No século XVI, foi ameaçador o domínio do Mediterrâneo pela força naval dos turcos. O Papa São Pio V conseguiu unir Espanha com Veneza, sob o comando de João da Áustria e, em 1571 no Estreito de Lepanto, destruíu-se totalmente a força naval da Turquia. Durante a batalha o Papa rezava, com toda a sua corte, o rosário de Nossa Senhora. Depois da vitória, o Papa São Pio V, mandou incluir na Ladainha Lauretana a invocação de Maria “Auxílio dos Cristãos”.
Napoleão Bonaparte deportou o Papa Pio VII de Roma, que ficou prisioneiro em França entre 1809-1814. Tendo experimentado o poderoso auxílio da Mãe de Deus, quando recuperou a liberdade, Pio VII decretou a celebração da festa com o título Auxílio dos Cristãos, no dia 24 de Maio do Ano Litúrgico.

O Papa Pio IX exaltou a figura de Maria quando promulgou o dogma da Imaculada Conceição(Ineffabilis Dei, 1854) com estas palavras: “Maria é fidelíssima auxiliadora e poderosíssima mediadora e reconciliadora de toda terra junto a seu Filho Unigénito”

A invocação “Auxílio dos Cristãos” é a forma pública e social da mediação que a Santíssima Virgem exerce não só a favor de pessoas, instituições e países, mas tambem para o bem de toda a Igreja Católica e do Santo Padre, o Papa, principalmente nos momentos mais trágicos da humanidade e nos períodos mais difíceis da Santa Igreja.

A Auxiliadora de Dom Bosco

São João Bosco, desde o colo materno, nutria pela Virgem Maria, uma devoção filial e de total confiança. Aos nove anos tem um sonho profético de sua missão, em que o próprio Cristo lhe diz: “Eu te darei a mestra, sob cuja doutrina podes tornar-te sábio, e sem a qual todo o saber torna-se estultice”.

São João Bosco colocou a invocação Auxilio dos Cristãos, sob o título de Nossa Senhora Auxiliadora, no centro da espiritualidade das suas congregações recém-fundadas. Dom Bosco, homem de sonhos e de uma visão de futuro sem par! Dom Bosco homem de oração e trabalho, incansável pela salvação de almas, pelo bem–estar e o crescimento integral dos seus jovens, religioso que acreditou na juventude e por ela gastou sua existência.

Dom Bosco nada atribuía a si mesmo e dizia sempre: “Foi Maria quem tudo fez!” O Papa Pio IX, em 1868, escrevia a Dom Bosco aquando a consagração do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, exaltando o patrocínio de Maria sobre a Igreja e o Pontifície.

João XXIII recorria a “Maria Auxiliadora” e invocava-a no discurso inaugural do Concílio Ecuménico Vaticano II. O mesmo fez Paulo VI. A todos que recorriam a Dom Bosco nas suas dificuldades (...), recomendava a novena à Virgem Auxiliadora que constitia em três Pai-Nossos, três Ave-Marias, Três Glórias ao Pai, acrescentando a jaculatória: “Graças e louvores se dêem a todo momento, aos Santissímo e Divinissimo Sacramento", três Salve-Rainhas, acresentando a invocação: "Maria Auxiliadora dos Cristãos, rogai por nós", durante nove dias, e oferecer alguma colaboração para obras caritivas.”Na Basílica o maior monumento é a belíssima pintura sobre o altar-mor, com sete metros de altura por quatro de largura, do pintor Lorenzone, ladeada por uma bela moldura dourada. Nela a Virgem Auxiliadora é representada em toda a sua realeza ladeada pelos Apóstolos e Evagenlistas.
(...) Paz e Bem

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