domingo, 31 de maio de 2009

Domingo de Pentecostes


Evangelho segundo São João, 20, 19-23

«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós: recebei o Espírito Santo».

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes:

«A paz esteja convosco».

Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo:

«A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes:
«Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».

Visitação de Nossa Senhora



A Igreja celebra a festa da Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel, em Ain-Karin, na Judeia. Isabel estava grávida de São João Baptista, o precursor de Jesus. É o encontro de duas mulheres que celebram jubilosas a vinda de Jesus Salvador: o Reino de Deus, a Boa Nova, as promessas de Deus já estão cumpridas e continuam a cumprir-se no meio dos homens de boa vontade.
No seu evangelho, São Lucas afirma: naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita sois vós, entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre!" (Lucas 1,39ss.).
É o milagre da vida que brota com força e poder e vence o mundo. É a força e o poder da Palavra de Deus que faz a Virgem conceber e aquela que era estéril dar à luz (Lucas 1,30ss.). É por isso que Maria, trazendo Jesus no seu seio, irrompe neste sublime canto de alegria e júbilo que é o "Magnificat" (Lucas 1,46-55).
Maria glorifica o Senhor que n’Ela actua


A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador.
Com estas palavras Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons singulares que Lhe foram concedidos e enumera depois os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o género humano.


Glorifica o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e serviço de Deus e, pela observância dos mandamentos, mostra que está a pensar sempre no poder da majestade divina. Exulta em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas em meditar no seu Criador, de quem espera a salvação eterna.


Embora estas palavras se apliquem a todas as almas santas, adquirem contudo a sua ressonância mais perfeita ao serem proferidas pela bem-aventurada Mãe de Deus, que, por singular privilégio, amava com perfeito amor espiritual Aquele cuja concepção corporal no seu seio era a causa da sua alegria.


Com razão pôde Ela exultar, mais que todos os outros santos, em Jesus, seu Salvador, porque sabia que o eterno Autor da salvação havia de nascer da sua carne com nascimento temporal, e, sendo uma só e mesma pessoa, havia de ser ao mesmo tempo seu Filho e seu Senhor.


Porque fez em mim grandes coisas o Todo-poderoso, e santo é o seu nome. Maria nada atribui aos seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom d’Aquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar os seus fiéis, pequenos e fracos, em fortes e grandes.


Logo acrescentou: E santo é o seu nome, para fazer notar aos que a ouviam e mesmo para ensinar a quantos viessem a conhecer as suas palavras, que, pela fé em Deus e pela invocação do seu nome, também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação, segundo a palavra do Profeta: E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.


É precisamente o nome a que Maria se refere ao dizer: E o meu espírito exulta em Deus meu Salvador. Por isso se introduziu na liturgia da santa Igreja o costume, belo e salutar, de cantarem todos este hino de Maria na salmodia vespertina, para que o espírito dos fiéis, ao recordar assiduamente o mistério da Encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira santidade.


E pareceu muito oportuno que isto se fizesse na hora de Vésperas, para que a nossa mente, fatigada e distraída ao longo do dia com pensamentos diversos, encontre o recolhimento e a paz de espírito ao aproximar-se o tempo de descanso.


domingo, 24 de maio de 2009

Mensagem de Bento XVI


Bento XVI alerta para vantagens
e perigos do mundo digital

Papa publicou Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais

Na Mensagem para o 43.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se assinala dia 24, o Papa Bento XVI enaltece a importância das redes digitais, mas lança também alguns alertas sobre os perigos do mundo virtual.

No documento, intitulado «Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade», Bento XVI defende que os novos instrumentos de comunicação não devem contribuir «para incrementar o desnível entre pobres e ricos».

As novas redes digitais potenciam a «solidariedade humana, a paz e a justiça, os direitos humanos e o respeito pela vida e o bem da criação», refere o Santo Padre, para quem as novas tecnologias abriram «a estrada para o diálogo entre pessoas de diferentes países, culturas e religiões».

Apesar de ter aberto este caminho, o ciberespaço não pode, segundo o Papa, «banalizar o conceito e a experiência da amizade». Neste sentido, o documento chama a atenção para o perigo de a ligação virtual ser obsessiva, levando a pessoa a isolar-se e a interromper a interacção social real.

«Seria triste se o nosso desejo de sustentar e desenvolver “online” as amizades fosse realizado à custa da nossa disponibilidade para a família, para os vizinhos e para aqueles que nos encontramos na realidade do dia-a-dia, no lugar de trabalho, na escola, nos tempos livres».

Quem opera ao nível da produção e difusão de conteúdos dos novos meios de comunicação social deve sentir-se obrigado a respeitar a dignidade e o valor da pessoa humana.

Na opinião de Bento XVI, «se as novas tecnologias devem servir o bem dos indivíduos e da sociedade, então aqueles que as usam devem evitar a partilha de palavras e imagens degradantes para o ser humano».

Nossa Senhora Auxiliadora



Auxiliadora,
Virgem Formosa,
dos pequeninos, Mãe dadivosa,
de mil tormentas entre o furor,
teus filhos salva, astro de amor.

O Arcanjo Gabriel ao levar a mensagem de Deus à Virgem Maria, apenas trocou um paraíso por outro. A alma de Maria era como um oceano de graça quase sem praias, sem horizontes, sem limites. A Virgem Maria é como um precioso diamante cravado na aliança entre Deus e os homens, anunciando as núpcias do céu com a terra.

Durante o diálogo da Anunciação do Anjo Gabriel com a Virgem Maria, um silêncio se fez no céu, a Trindade Santíssima com toda a corte celeste aguardava, ansiosa, a resposta da jovem Maria, e ao ouvirem o seu sim, trombetas anunciaram com grande júbilo da obediência e a vitória da mulher sobre a serpente. O Salvador estava para chegar; a humanidade ganhava uma poderosissima auxiliadora, a Virgem concebida sem pecado, a Arca da Nova Aliança, o Primeiro Sacrário de Jesus na terra.

A Auxiliadora

Os antigos romanos chamavam “Auxilia” às tropas aliadas que combatiam com as suas legiões. Assim o nome “Auxilia”, evoca lutas em campos de batalha, onde a vida se pode tornar heroísmo em defesa de um ideal.
A Igreja aqui na terra é também uma milícia; e os cristãos lutam pela defesa e pela propagação da fé. Nossa Senhora é o seu auxílio no combate e é terrivel como um exército em ordem de batalha.

No século XVI, foi ameaçador o domínio do Mediterrâneo pela força naval dos turcos. O Papa São Pio V conseguiu unir Espanha com Veneza, sob o comando de João da Áustria e, em 1571 no Estreito de Lepanto, destruíu-se totalmente a força naval da Turquia. Durante a batalha o Papa rezava, com toda a sua corte, o rosário de Nossa Senhora. Depois da vitória, o Papa São Pio V, mandou incluir na Ladainha Lauretana a invocação de Maria “Auxílio dos Cristãos”.
Napoleão Bonaparte deportou o Papa Pio VII de Roma, que ficou prisioneiro em França entre 1809-1814. Tendo experimentado o poderoso auxílio da Mãe de Deus, quando recuperou a liberdade, Pio VII decretou a celebração da festa com o título Auxílio dos Cristãos, no dia 24 de Maio do Ano Litúrgico.

O Papa Pio IX exaltou a figura de Maria quando promulgou o dogma da Imaculada Conceição(Ineffabilis Dei, 1854) com estas palavras: “Maria é fidelíssima auxiliadora e poderosíssima mediadora e reconciliadora de toda terra junto a seu Filho Unigénito”

A invocação “Auxílio dos Cristãos” é a forma pública e social da mediação que a Santíssima Virgem exerce não só a favor de pessoas, instituições e países, mas tambem para o bem de toda a Igreja Católica e do Santo Padre, o Papa, principalmente nos momentos mais trágicos da humanidade e nos períodos mais difíceis da Santa Igreja.

A Auxiliadora de Dom Bosco

São João Bosco, desde o colo materno, nutria pela Virgem Maria, uma devoção filial e de total confiança. Aos nove anos tem um sonho profético de sua missão, em que o próprio Cristo lhe diz: “Eu te darei a mestra, sob cuja doutrina podes tornar-te sábio, e sem a qual todo o saber torna-se estultice”.

São João Bosco colocou a invocação Auxilio dos Cristãos, sob o título de Nossa Senhora Auxiliadora, no centro da espiritualidade das suas congregações recém-fundadas. Dom Bosco, homem de sonhos e de uma visão de futuro sem par! Dom Bosco homem de oração e trabalho, incansável pela salvação de almas, pelo bem–estar e o crescimento integral dos seus jovens, religioso que acreditou na juventude e por ela gastou sua existência.

Dom Bosco nada atribuía a si mesmo e dizia sempre: “Foi Maria quem tudo fez!” O Papa Pio IX, em 1868, escrevia a Dom Bosco aquando a consagração do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, exaltando o patrocínio de Maria sobre a Igreja e o Pontifície.

João XXIII recorria a “Maria Auxiliadora” e invocava-a no discurso inaugural do Concílio Ecuménico Vaticano II. O mesmo fez Paulo VI. A todos que recorriam a Dom Bosco nas suas dificuldades (...), recomendava a novena à Virgem Auxiliadora que constitia em três Pai-Nossos, três Ave-Marias, Três Glórias ao Pai, acrescentando a jaculatória: “Graças e louvores se dêem a todo momento, aos Santissímo e Divinissimo Sacramento", três Salve-Rainhas, acresentando a invocação: "Maria Auxiliadora dos Cristãos, rogai por nós", durante nove dias, e oferecer alguma colaboração para obras caritivas.”Na Basílica o maior monumento é a belíssima pintura sobre o altar-mor, com sete metros de altura por quatro de largura, do pintor Lorenzone, ladeada por uma bela moldura dourada. Nela a Virgem Auxiliadora é representada em toda a sua realeza ladeada pelos Apóstolos e Evagenlistas.
(...) Paz e Bem

«Pregai o Evangelho a toda a criatura»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos, 16, 15-20


Naquele tempo, Jesus apareceu aos onze Apóstolos e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo, mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome falarão novas línguas, se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».


E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.

domingo, 17 de maio de 2009

Maio de 2009

Com Maria, na rua


Mês de Maio, mês de Maria.

É também mês de peregrinações. Por força de uma destas, a Fátima, a pé, tivemos de antecipar a nossa saída para dia 6, substituindo os voluntários da Associação Fas+.

À pressa, porque os dias anteriores tinham sido de especial azáfama, lá preparámos o necessário, como de costume. Éramos 5, e chegámos.

Ainda não tínhamos iniciado a volta e já o primeiro nos solicitava auxílio. Não fazia inicialmente parte do grupo dos necessitados mas o rumo que deu à vida também neles o incluiu. E lá está! Vem quase sempre no princípio.

Estranhámos não encontrar ninguém na Boavista. Mais tarde soubemos porquê: a noite de Queima atraiu os sem-abrigo à zona da Circunvalação ao chamariz da arrumação de viaturas. E isso manifestou-se em toda a cidade e, até, no Aleixo!
Descrever o que foi o roteiro seria uma simples crónica, mas não queremos limitar-nos a isso. A noite é rica por outros motivos: pelas vivências que nos traz ou que despoletamos naqueles a quem nos dirigimos. Pelos sentimentos que despertamos.
Há noites simples, quase que sem história, como foi a de Abril, em que os três que saímos cumprimos a missão sem alarde e sem factos dignos de especial registo.
Já nesta não aconteceu o mesmo. Não encontrámos o Fernando (da Praça). Onde parará?!... Mas reapareceu o outro Fernando, o artista das casinhas de cartão, e o Carlitos!... Recuperado, bem barbeado, surpreendeu-nos no Carregal a dar conta de que está ocupado e até tem intervido em acções de formação. Boa!... As boas notícias são de dar a conhecer. Nunca tudo está perdido. Há que manter a Esperança. Perdido está às vezes o passado, mas há sempre um futuro que pode depender de nós. Temos de o aproveitar!
Um grande e sentido abraço selou o reencontro. Ainda há uma hora tinha perguntado por ele aos Samaritanos...
Neste dia trazíamos por tema a leitura de Actos, 15, 7-12, em que Pedro diz que Deus o escolheu para levar aos pagãos o Evangelho para eles abraçarem a Fé. E, no Aleixo, tivémos ocasião de tomar o lugar de Pedro em franco diálogo com o Rui, ateu ou agnóstico, muito ocupado com todas as coisas menos com as de Deus e da sua alma. Descreveu-nos a sua iniciação nas drogas duras aos 16 anos, após demorada experiência com os charros, que eram o seu centro de interesse e da sua roda de amigos até àquela altura. Muito inteligente, durante o nosso curto diálogo desfez alguns mitos que lhe povoavam o espírito, ideias e frases feitas nunca antes discutidas e aceites como boas "porque sim", porque dá trabalho debruçarmo-nos sobre assuntos que não fazem parte do nosso quotidiano e "são uma maçada", "betices". Queria deixar "aquela vida", mas as diversas tentativas falhadas que já fez levam-no a desistir...
E ali estava ele, entretido com o pacotinho "milagroso" de coca e heroína que fazia saltitar entre os dedos enquanto a conversa se estendia...
Despediu-se, surpreso por ter conversado com "católicos" que dizia detestar, e, pior, de ter feito amizade com "eles" ao menos durante uns largos minutos daquela noite!
Rezámos por ele, pela sua incapacidade de mudar, e por quantos que, como ele, também anseiam por uma vida nova sem vislumbrarem uma saída.
A FÉ!... É a Fé que tem poder de os fazer mudar. Sem fé nada poderá mudar, com fé até montanhas poderão ser removidas... O que é indispensável é que se acredite mesmo no que nos parece ser impossível!
Terminou a nossa noite na rua. Mas continuou em cada um de nós no eco que nos deixou a história do Rui, a sua vida que nunca deixou de ser atribulada mau grado a grande capacidade de a ter feito diferente do que de facto é!

"Nossa Senhora lhes dê a mão!...".
Carlos

O Rei do reis


«Num momento de crescendo da conflitualidade social, a Igreja propõe-se trazer para a praça pública suplementos de Paz e razões fundamentadas de esperança. Sim, sou rei. Disse Jesus a Pilatos. Mas acrescentou, para que não restassem dúvidas de que a sua vinda ao mundo não lhe faria concorrência: o meu reino não é deste mundo!
Os cristãos de Lisboa são chamados a reflectir sobre a frase de Jesus esta semana: sim sou rei! E são aconselhados pela Conferência Episcopal a meditar sobre o significado mais profundo dessa realeza. Servem de pretexto os cinquenta anos do santuário do Cristo Rei.
Num mundo onde a laicidade mal entendida domina e o fenómeno religioso é empurrado para o reduto invisível das consciências, vale a pena pensar no que os Bispos designam como laicidade positiva capaz de retrazer, sem temores, o fenómeno religioso para o espaço público. Como bem repetia Tony Blair, há dias, em Portugal, “ a religião é uma força muito importante no mundo de hoje”.

Negar esta evidência é não compreender a humanidade e desconhecer o que ela implica de aspiração a uma felicidade absoluta a que a estrita dimensão terrena dificilmente é capaz de dar resposta. Num momento de crescendo da conflitualidade social, a Igreja propõe-se trazer para a praça pública suplementos de Paz e razões fundamentadas de esperança.

As imagens religiosas, sinais do divino na terra dos homens, servirão de elemento agregador e motivo de oração. E não deixarão de ser factor de escândalo de todos os que são incapazes de entender que a verdadeira liberdade passa por, abdicando dos favores e honrarias do tempo, só prestar vassalagem ao Rei dos reis».
Graça Franco (texto), Opinião RR
Singra13 (foto)

Evangelho de domingo, 17 de Maio de 2009


Francisca Maria Marquês Rebelo (foto)
Leitura dos Actos dos Apóstolos 10,25 - 26.34 - 35.44 - 48

Naqueles dias, Pedro chegou a casa de Cornélio. Este veio-lhe ao encontro e prostrou-se a seus pés. Mas Pedro levantou-o, dizendo:

"Levanta-te, que eu também sou um simples homem".

Pedro disse-lhe ainda: "Na verdade, eu reconheço que Deus não faz acepção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável».

Ainda Pedro falava, quando o Espírito desceu sobre todos os que estavam a ouvir a palavra. E todos os fiéis convertidos do judaísmo, que tinham vindo com Pedro, ficaram maravilhados ao verem que o Espírito Santo se difundia também sobre os gentios, pois ouviam-nos falar em diversas línguas e glorificar a Deus. Pedro então declarou: "Poderá alguém recusar a água do Baptismo aos que receberam o Espírito Santo, como nós?". E ordenou que fossem baptizados em nome de Jesus Cristo. Então, pediram-lhe que ficasse alguns dias com eles.

Evangelho segundo São João, 4,7-10
Leitura da Primeira Epístola
«Caríssimos: amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados».

quinta-feira, 14 de maio de 2009

D. João Lavrador critica poder político



«O Governo não soube prever e prevenir a crise e agora terá de encontrar respostas para evitar um impacto maior na vida dos portugueses, diz o Bispo Auxiliar do Porto, em entrevista à Renascença.

Para D. João Lavrador, é preciso olhar menos para as estatísticas e mais para as situações de desemprego e de pobreza. Nesta entrevista em Fátima, a menos de 72 horas do simpósio da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) sobre a situação social do país, o Bispo Auxiliar do Porto pede mais verdade e seriedade em tempo de eleições. D. João Lavrador sublinha que “o papel da Igreja é dar sempre sinais de esperança”, sobretudo, neste “momento crítico e muito doloroso” para os portugueses.
Relativamente ao caso concreto da Diocese do Porto, o Bispo Auxiliar diz que “os sinais da crise são as próprias pessoas” que recorrem à Igreja, cada vez em maior número, a pedir ajuda para fazer face aos seus problemas económicos. “Normalmente, a nível social, olha-se para os desempregados como números, são percentagens (…) mas por trás destes números estão realidades pessoais, famílias que estão a passar fome, sem emprego e que não têm abertura para a solução das suas vidas”, afirma D. João Lavrador».

RV/Domingos Pinto (texto), Rádio Renascença

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Crise social preocupa Igreja

«Igreja teme explosão social violenta por causa da crise

Bispo alerta para o facto de a crise poder gerar manifestações violentas. Estado e sociedade civil têm papel a desempenhar
O bispo da diocese de Leiria e Fátima mostrou-se esta terça-feira preocupado com a actual crise económica que se vive no país, e que pode levar a "uma explosão social violenta". D. António Marto pediu a contribuição de todos.

"Não podemos deixar que a crise económica se transforme numa explosão social violenta. Para evitar esse risco todos devem contribuir com a sua parte: o Estado, empresários, trabalhadores, sindicatos e sociedade civil", afirmou o bispo.

Falando aos jornalistas momentos antes do início das celebrações da peregrinação aniversária de Maio (...) , D. António Marto defendeu "uma reflexão atenta" sobre "as regras da finança e da economia, e sobre o modo de fazer das empresas, sobre a intervenção das instituições a favor de quem está em dificuldade por causa da crise".

Segundo o bispo diocesano esta crise "pôs em evidência como no trabalho empresarial é absolutamente necessário a referência ao fundamento ético" e aproveitou para deixar um recado aos empresários: "um trabalhador não é simplesmente uma das muitas componentes da empresa. É uma pessoa com expectativas, sonhos e projectos que vão para além do tempo passado no trabalho".

Apelando ao "sentido de responsabilidade" de todos, D. António Marto voltou a reafirmar que "a Igreja não se pode substituir ao papel do Estado e das instituições de solidariedade", apesar de "muito fazer junto das comunidades" onde está inserida. O trabalho em rede "é mais eficaz e inteligente", garantiu o prelado que se mostrou preocupado com as famílias portuguesas.
O direito ao trabalho, sustentou "é o elo mais fraco em toda a cadeia de consequências desastrosas da crise" argumento D. António Marto, adiantando que o espírito de solidariedade "levou à mobilização de todos os organismos sócio-caritativos da Igreja, a nível nacional, diocesano e paroquial".
E para que "quem perde o trabalho não perca também a dignidade", o bispo da Diocese de Leiria e Fátima pede a todas as comunidades cristãs que façam uma leitura "sábia" das necessidades concretas" e elaborem projectos "inteligentes" que ajudem os mais necessitados.

Por seu turno, o arcebispo das Honduras e presidente da Cáritas Internacional lembrou que a caridade "é uma virtude importante e que deve ser cultivada". Para D. Oscar Maradiaga a crise internacional "não é só económica" mas também de "valores", acusando o homem de "pensar que Deus e que tudo pode". "A ganância tem limites. A economia tem limites" disse o arcebispo aditando que a solução para a pobreza "chama-se solidariedade".

Ao longo do ano passado houve um decréscimo de ofertas dos peregrinos ao Santuário, revelou o reitor Virgilio Antunes, garantindo contudo que "não foi significativo". Lembrando que o Fundo de Caridade do Santuário é de mais de meio milhão de euros que anualmente são distribuídos por várias instituições e igrejas não só de Portugal como do mundo, o reitor lembra que "as pessoas são generosas" e que "quando se fala em apoiar instituições elas fazem-no".

O bispo da diocese garante que "não há desafeição" dos peregrinos adiantando ser "natural" que as pessoas ofereçam menos em tempo de crise».
ALEXANDRA SERÔDIO, edição electrónica do Jornal de Notícias

terça-feira, 12 de maio de 2009

Uma Senhora mais brilhante que o sol



«Os puros de coração verão a Deus» (Mt 5,8 )


Em vésperas do dia 13 de Maio, são já milhares os peregrinos que se encontram no Santuário de Fátima para as celebrações da aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos em 1917. Associados a esta grande Graça de Deus, deixamos aqui o texto subordinado a esta peregrinação (e também a deste ano) e algumas informações extra.
«Os puros de coração verão a Deus»

O Santuário de Fátima escolheu como tema central das suas actividades pastorais, litúrgicas e formativas deste ano, o nono mandamento da Lei de Deus, segundo a formulação do catecismo tradicional: guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.
A formulação bíblica do livro do Êxodo diz: “não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença”. Uma e outra formulação centram-se no coração humano, sede de toda a personalidade moral, para exprimir a grande orientação.
A frase do Evangelho segundo S. Mateus, “os puros de coração verão a Deus”, ajuda-nos a entrar no conteúdo do mandamento de Deus e a captar os apelos de pureza do coração e da vida, que são caminho de renovação pessoal e de abertura à sã convivência comunitária.
Ponto prévio para o acolhimento deste mandamento de Deus é a fé de que o apelo provém do Deus da aliança, da amizade e do amor, do Deus que nos propõe caminhos de vida que nos tornam efectivamente felizes. Para quem não conhece Deus, para quem não tem fé ou para quem desconfia da bondade de Deus, qualquer mandamento ou preceito pode soar a exigência despótica, a sacrifício indesejado, a atentado contra a autodeterminação humana.
Terá sentido, ainda hoje, falar de pureza de coração? A experiência de vida e de relações existentes entre as pessoas está continuamente a demonstrar, pela negativa, as consequências da sua ausência. Os fenómenos de desagregação familiar, consequência de infidelidades e traições, são o melhor espelho. Se, para tirarmos esta conclusão, não bastasse a vida real que conhecemos directa ou indirectamente,teríamos a avalanche de romances, filmes e novelas que, por outra via, nos fazem entrar essa realidade pelos olhos dentro.
Os fenómenos de fraude económica e financeira, de pequena ou grande escala, fazem-nos duvidar da rectidão de tantas intenções, palavras e acções, frequentemente revestidas das melhores aparências. Os fenómenos de sedução e aliciamento, assentes nas mais bonitas promessas de felicidade a baixo custo, revelam corações incapazes de amar e simplesmente interessados em explorar.
Quantas pessoas, adolescentes e jovens se não têm deixado cair nas teias preparadas por corações viciados e exploradores, que através dos novos meios de comunicação conseguem realizar os seus intentos! E as promessas de trabalho em paraísos de felicidade e de dinheiro fácil que acabam em autênticos cativeiros, lágrimas e dor, fruto de corações sem escrúpulos!
O coração, com tudo o que representa, quando se perverte, desencadeia os piores males. Quase sempre a felicidade e pureza de coração são mais discretas. No entanto, a experiência de vida e de relações entre as pessoas também são suficientes para demonstrar, pela positiva, o que é e o que vale um coração puro.
São grandes os homens e mulheres, pais e mães, trabalhadores, jovens e adultos, cujo sonho é simplesmente viver de forma honesta, justa e santa. Não desejam nada que ponha em causa o bem dos outros, não anseiam senão por dar o seu contributo para que todos tenham pão, paz, companhia, amizade… Anseiam ver a Deus, sem dúvida, mas sempre pela via do respeito e do amor aos irmãos.
O Santuário de Fátima procurará ainda ao longo deste ano apresentar a figura do Beato Francisco Marto, no centenário do seu nascimento, como uma dessas figuras grandes na pureza de coração. Extremamente atento às necessidades dos outros, por quem reza e se sacrifica; extremamente atento a Deus, com quem tem gosto de estar e que anseia por ver.
Nisso se resumem os seus pensamentos, os seus desejos e a sua vida.

P. Virgílio Antunes, Reitor
(Artigo "Voz da Fátima",de 13 de Janeiro de 2009)

Se pretende escutarou assistir à transmissão das cerimónias pode fazê-lo através dos seguintes meios (a hora usada é a de Lisboa para todos os casos):
INTERNET - dias 12 e 13
Capelinha das Aparições no Santuário e Fátima (videocâmara permanente do Santuário)
Antena 1 e RDPi (dias 12 e 13, nos horários das transmissões de rádio e televisão)
Dia 12 - Rádio
Antena 1, RDPi, das 22 às 24 horas
Rádio Renascença (necessita confirmação)
Dia 12 - Televisão
RTP1, das 00.18 às 00.59 horas (em diferido)
RTP Madeira, das 23.30 às 00.15 horas (em diferido)
RTPi Europa, das 01.30 às 2 horas
RTPi América, das 05.30 às 06.00 horas
Telepace (sátelite)
Dia 13
Rádio
RDPi, das 10:12 às 13 horas
Radio Renascença (necessita confirmação)
Televisão
RTP1, das 10 às 13 horas
RTP Madeira, das 10 às 13 horas
RTPi Europa, das 9 às 13 horas
RTPi América, das 9 às 13 horas
RTPi Ásia, das 10 às 13 horas
Telepace (sátelite)
Canção Nova (a confirmar)
TVI (a confirmar)
A Mensagem de Fátima encontra-se disponível na íntegra no sítio do Santuário de Fátima na internet.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Peregrinação Internacional de Maio

Cardeal D. Oscar Maradiaga

preside às celebrações


«A Peregrinação Internacional Aniversária de Maio, nos dias 12 e 13, será presidida pelo Cardeal D. Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga s.d.b., Arcebispo de Tegucigalpa / Honduras, e presidente da Cáritas Internacional.

D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, sublinha que a vinda de D. Óscar Rodríguez Maradiaga a Fátima "se deve ao facto de ele vir a Portugal a um congresso promovido pela Caritas. Sabendo disso, aproveitei a oportunidade para convidá-lo a presidir à peregrinação, podendo assim oferecer-nos uma visão universal das consequências da actual crise socio-económica, na sua qualidade de Presidente da Caritas Internacional"», noticia o sítio oficial do Santuário de Fátima.

A agenda das celebrações para os dias 12 e 13 é a seguinte:

Dia 12

MISSAS, em português, na Basílica: - 07:30, 09:00, 11:00 e 12:30.

MISSAS em línguas, na Capelinha: 07:30 - Deutsch (Alemão), 08:30 - English (Inglês), 09:30 - Français (Francês), 10:30 - Español (Espanhol), 11:30 - Nederlands (Neerlandês), 12:30 - Italiano (Italiano), 13:30 - Po Polsku (Polaco)
16:30 - MISSA com a participação dos doentes, no Recinto, e PROCISSÃO EUCARÍSTICA.
18:30 - INÍCIO OFICIAL DA PEREGRINAÇÃO, na Capelinha.
21:30 - Bênção solene de velas e ROSÁRIO, na Capelinha, e PROCISSÃO DE VELAS.
22:30 - EUCARISTIA, no Altar do Recinto.

Dia 13

Noite de Vigília - 00:00 às 02:00 -
Adoração Eucarística - 02:00 às 03:30
Via-sacra - 03:30 às 04:30
Celebração Mariana - 04:30 às 05:30
Missa - 05:30 às 07:00
Adoração com Laudes do SS.mo Sacramento
07:00 - PROCISSÃO EUCARÍSTICA.
09:00 - ROSÁRIO, na Capelinha.
10:00 - PROCISSÃO, EUCARISTIA, BÊNÇÃO DOS DOENTES, CONSAGRAÇÃO E ADEUS.

domingo, 10 de maio de 2009

«Eu sou a videira... »


Evangelho segundo São João, 15, 1-8

«Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

"Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto. Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei. Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim.

Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem. Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido. A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos"».

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Nossa Senhora Medianeira



Hoje festejamos o dia de Nossa Senhora Medianeira (nossa) junto do Trono do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É a Ela a quem recorremos na inspiração, na protecção, no conselho, nas angústias, nas dores, nas alegrias...


É a Ela a quem chamamos Arca da Aliança, Porta do Céu, Refúgio dos pecadores, Medianeira de todas as Graças. É com Ela que aprendemos a amar Deus e, sob a Sua protecção, vamos ao Seu encontro. Com Ela aprendemos a orar, a ter constância e perseverança na Fé, a aceitar alegremente a vontade de Deus. Com Ela ficamos fortalecidos na Esperança, na Fé, no Amor e na Sabedoria.


Deixamo-vos com a síntese de um texto sobre este dia, encontrado no sítio da Causa do Padre Pinho.
L.

«Diz a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria.»

Jacinta

(...)

«É por intermédio de Maria, que devemos esperar todas as graças — escrevia Sua Santidade Pio XII ao Cardeal Secretário de Estado, a 15 de Abril de 1942. Portanto exortamos a recorrerem a Ela, e especialmente no próximo mês que Lhe é dedicado... Todos sabem, na verdade, que sendo Jesus Cristo, Rei universal, Senhor dos que dominam e conservam em suas mãos as sortes dos indivíduos e dos povos, Sua Santa Mãe venerada por todos os fiéis como Rainha do mundo, tem junto dele o maior poder de intercessão. E se o primeiro milagre operado pelo Divino Redentor em Caná de Galileia, se deve à Sua suplicante misericórdia: se Seu Filho unigénito enquanto estava pendente na cruz, nos deixou o que Lhe era mais caro, dando-nos por mãe Sua própria Mãe; se finalmente no decorrer dos séculos os nossos antepassados recorreram a Ela confiadamente em todas as calamidades públicas e particulares: porque não nos confiaremos nós e todas as nossas coisas ao Seu poderosíssimo patrocínio, enquanto o mundo se debate numa pavorosa crise actual?

"Porque tudo obedece aos desígnios divinos, assim se pode ter por certo, que em qualquer momento, Seu Unigénito escuta benignamente as preces de Sua Divina Mãe; e agora especialmente que a Santíssima Virgem goza da eterna bem-aventurança no Céu, aureolada de triunfal coroa, e saudada como Rainha dos Anjos e dos homens. Pois se junto de Deus Ela goza de tanto poder, certamente terá piedade de nós, sendo como é Mãe amorosíssima".

No mesmo ano em Outubro, o mesmo Sumo Pontífice Pio XII, paralelamente ao que fez Leão XIII com o Coração de Jesus, confiando nessa especial mediação do Coração de Maria, "seguro de conseguir misericórdia e encontrar graça e auxílio oportuno nas presentes calamidades" consagrou o mundo ao Imaculado Coração da Virgem Mãe.

"Assim como ao Coração de Jesus foram consagrados a Igreja e todo o género humano, para que colocando nele todas as suas esperanças, lhe fosse sinal e penhor de vitória e salvação (é Pio XII que fala na dita Consagração) assim nós nos consagramos perpetuamente a Vós e ao vosso Coração Imaculado, à Mãe nossa e Rainha do mundo".

(...)

A Consagração é formalíssima nas palavras que se seguiram à mensagem e repetidas depois solenemente na Igreja de S. Pedro; e a proclamação de Nossa Senhora como Rainha do mundo, também nos parece bem explicita nos termos finais ainda agora citados: "O Mãe nossa e Rainha do mundo!"

Mas dir-se-ia que neste documento Sua Santidade Pio XII visava mais longe. Outro pedido não menos insistente e piedoso dos fiéis à Santa Sé tem sido o da definição dogmática da Mediação Universal de Nossa Senhora.

Afigura-se-nos, que este acto do Pontífice é como uma preparação próxima para o dia que não virá longe da suspirada definição.

Com efeito: a Consagração, em primeiro lugar pressupõe a Mediação de Maria Santíssima. Na verdade, Mediação significa a prerrogativa pela qual a Virgem Maria está colocada entre Deus e os homens para junto do Altíssimo interceder por eles, alcançando-lhes perdão dos pecados e penas merecidas e obtendo-lhes todas as graças e favores de que necessitam. E uma participação da Mediação primária e essencial de Cristo e por isso, dela inteiramente dependente, a ela subordinada e recebendo dela toda a eficácia e valor.

Para maior proveito e consolação dos homens concedeu Jesus à Sua e nossa Mãe esta glória que em nada obscurece a luz do sol pelo qual ela é iluminada — Delicadeza extrema do Coração de Jesus! "Nenhuma ternura nem dedicação da perfeita maternidade faltam à paternidade do Novo Adão; mas nós não sabemos bem vê-las nele; e Maria para os nossos olhos tão débeis, para os nossos corações tão desconfiados e tardios em crer, é uma revelação o mais persuasiva e o mais encantadora possível dessa ternura e dedicação. Vós nos dizeis, à Maria, o que o homem mais necessidade tem talvez de saber e que tanto lhe Custa a crer: que Deus é Pai e que ninguém é tão Pai como Ele e que Jesus tem por nós ternuras de Mãe!"

(...)

Hoje Maria Santíssima continua, a uníssono com Jesus, o Seu oficio de Medianeira, intercedendo sem cessar por nós junto de Deus.

(...)

Como Medianeira universal, Maria é distribuidora de todas as graças, por isso, Sua Santidade implora sem hesitação toda essa variedade de graças enumeradas na Consagração: "misericórdia e paz e as graças que podem num momento converter os humanos corações, as graças que preparam e conciliam a paz".

(...)

A Consagração pressupõe a Mediação universal de Maria. Mas há mais: o Papa claramente chama Medianeira a Nossa Senhora, na Mensagem de Outubro do 1942, a Portugal, nas palavras que precederam a Consagração: "Com todo o afecto de Nossa alma — diz — Nos unimos convosco para louvar e engrandecer ao Senhor, dador de todos os bens; para bendizer e dar graças Aquela por cujas mãos a magnificência Divina nos comunica torrentes de graças".

E mais expressamente se é possível: "hoje só nos resta a confiança em Deus e como Medianeira perante o trono divino, naquela que um Nosso Predecessor, no primeiro conflito mundial, mandou invocar como Rainha da Paz".

Além disso, no precioso documento encontram-se repetidas expressões com que se designam vários aspectos de Mediação de Nossa Senhora: "Rainha do Santíssimo Rosário: Auxílio dos Cristãos; Refúgio do género humano; Vencedora de todas as grandes batalhas de Deus; Mãe de Misericórdia; Rainha da Paz; Mãe nossa; Rainha do mundo".

(...)

Por isso a Jacinta nos ensina "que Deus nos concede todas as graças por meio do Coração Imaculado de Maria". E acrescenta também: "Que o Coração de Jesus quer que a Seu lado se venere o Coração Imaculado de Maria".

(...)

Em conclusão e resumo: o exercício da Mediação é essencialmente um exercício de amor e por isso, uma função essencialmente também do Coração de Maria.

Ler texto completo.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Saída à rua a seis de Maio

Por motivos relacionados com a peregrinação ao Santuário de Fátima, o grupo Fas+ solicitou a nossa ajuda para esta quarta-feira, 6 de Maio. Assim, será o nosso grupo a assegurar a visita aos carenciados, pelo que contamos com a vossa habitual presença no ponto de encontro às 21 horas.

Intenções do Santo Padre para Maio



Intenção Geral

VOCAÇÕES: RESPONSABILIDADE DE TODOS

Que os leigos e as comunidades cristãs se tornem promotores responsáveis das vocações sacerdotais e religiosas. Desde fins de Abril até princípios de Maio, realiza-se a Semana de orações pelas vocações. Daqui a razão da intenção geral deste mês de Maio.

Muitos leigos, em várias partes do mundo, lamentam-se da escassez de vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Mas só se lamentam, pensando que nada podem fazer para a solução deste problema, um dos mais importantes que a Igreja enfrenta.

Talvez pensem que é só tarefa dos bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas. Mas a Intenção geral deste mês esclarece que é também da responsabilidade dos leigos e de toda a comunidade participar activamente na promoção vocacional. O que se pode fazer para criar aquilo que João Paulo II chamou a «cultura vocacional»?

É isso que procuraremos ver. Responsabilidade de todos

Sobre esta responsabilidade, afirmava o Papa na Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, a 13 de Abril de 2008: «A Igreja é missionária no seu conjunto e em cada um dos seus membros. Se, graças aos sacramentos do Baptismo e da Confirmação, cada cristão é chamado a testemunhar e a anunciar o Evangelho, a dimensão missionária é especialmente ligada à vocação sacerdotal».

E sobre esta responsabilidade de todos, afirmou João Paulo II: «Seja de suporte à acção da família, a dos catequistas e professores cristãos, chamados de um modo especial a promover nos jovens o sentido da vocação. A tarefa deles é orientar as novas gerações para a descoberta do projecto de Deus sobre cada um, cultivando neles a disponibilidade a fazer da própria vida um dom para a missão».

A cada membro do povo de Deus corresponde uma missão específica. Dado que as necessidades da «messe» são tão grandes, todos os membros do povo de Deus devem ser cada vez mais conscientes de ter sido chamados a dar o seu contributo para a solução do problema da falta de vocações na Igreja. Meios concretos para promoção vocacional

a) Comunidades cristãs autênticas

Afirma o Papa, no documento já citado: «Para que a Igreja possa continuar a missão que lhe foi confiada por Cristo e não faltem os evangelizadores que o mundo necessita, será oportuno que nas comunidades cristãs nunca falte uma educação constante na fé das crianças e adultos».
E acrescenta, logo a seguir, o mesmo documento: «Somente num terreno bem cultivado brotam as vocações (…). As comunidades cristãs que vivem intensamente a dimensão missionária da Igreja, jamais serão levadas a fechar-se em si mesmas».

b) O exemplo de vida

O testemunho pessoal de vida é certamente dos mais eficazes para a promoção das vocações. Só mediante este testemunho os jovens poderão compreender o que é ser chamado por Deus e dar uma resposta positiva a este chamamento.

Afirma o Concílio Vaticano II, no documento sobre a formação sacerdotal: «O dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã que as deve promover sobretudo mediante uma vida plenamente cristã» (OT 2).

São necessários homens e mulheres que, com o seu testemunho, conservem vivos nos baptizados os valores fundamentais do Evangelho e façam emergir na consciência daqueles que são chamados a adesão ao projecto de Deus a seu respeito.

Só assim se poderá concretizar aquilo que João Paulo II definiu como «evangelizar a vida». Evangelizando a própria vida também se ajudará a evangelizar a vida daqueles que connosco contactarem, em especial os jovens que se interrogam sobre a finalidade das suas vidas.

c) A oração

«A messe é grande mas os operários são poucos. Rogai, pois, ao Senhor que mande operários para a sua messe» (Mt 9, 37-38). Rezando pelas vocações aprende-se a olhar com sabedoria evangélica o mundo e as necessidades de vida e salvação de todos os homens.

A oração move o coração de Deus e constitui a «chave poderosa para resolver o problema das vocações» (João Paulo II). Onde se reza com fervor e continuadamente, as vocações surgirão. É pela união com Cristo e a abertura ao mistério da graça, por meio da oração, que Deus despertará nos fiéis a adesão ao plano de Deus sobre eles.

É a oração por esta grande intenção da Igreja que nos é pedida neste mês de Maio.

Intenção Missionária

MISSÃO UNIVERSAL DA IGREJA

Que as Igrejas católicas de recente fundação, agradecidas pelo dom da fé, estejam disponíveis para participar na missão universal da Igreja, prontas para levar o Evangelho a todo o mundo. A intenção missionária deste mês de Maio, ao falar da universalidade missionária da Igreja, faz um chamamento particular às igrejas locais de recente fundação, sendo-lhes feito um apelo para que, apesar da sua juventude e falta de recursos, se abram ao envio de missionários a outras comunidades cristãs. Com efeito, toda a Igreja e todas as Igrejas particulares são enviadas a todos os povos. «Todas as Igrejas para todo mundo», poderia ser o lema da intenção missionária deste mês.

A melhor maneira de as jovens Igrejas agradecerem a fé que receberam será procurar levá-la a outros povos, apesar das dificuldades e obstáculos que se podem encontrar no seu próprio desenvolvimento. Mesmo sendo muitas as necessidades das próprias dioceses, devem sentir-se enviadas a desempenhar o seu ministério pastoral e o seu serviço apostólico a outras partes, inclusivamente a lugares de antiga evangelização.

Assim se realizará um «intercâmbio de dons» que redundará em benefício de todo o Corpo Místico de Cristo. A cooperação missionária deve intensificar-se, aproveitando as potencialidades dos carismas de cada um. Todas as comunidades cristãs e todos os baptizados devem tomar cada vez mais consciência de que o chamamento de Cristo a propagar o seu reino até aos confins da terra é universal.

«Toda a Igreja é missionária por sua própria natureza, já que o mandato de Cristo não é algo contingente e externo, mas alcança o coração mesmo da Igreja. Por isso, toda a Igreja e cada Igreja é enviada aos povos. Mesmo as Igrejas mais jovens (…) devem participar na missão universal da Igreja, enviando missionários a pregar o Evangelho por todas as partes do mundo» (Redemptoris missio, 62).

A acção missionária da Igreja tem hoje uma urgência e importância particulares. No nosso tempo, as palavras de Cristo antes de subir ao céu «Ide por todo o mundo e fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19-20), continuam a ressoar com particular actualidade.

Isto só acontecerá pela oração e esforço de todos e cada um.

domingo, 3 de maio de 2009

Voluntários valiosos

«Solidariedade aumenta em tempo de crise

Ainda não se verificam rupturas ao nível dos apoios dados pelas instituições particulares de solidariedade social, mas os “efeitos da crise” já se fazem sentir e exigem “respostas novas” ao aumento de pedidos de ajuda.
A constatação desta realidade foi manifestada ao Jornal da Madeira por entidades desta área.

Apesar de tudo, realça-se a “importância dos voluntários, enquanto contributo valioso na procura e manutenção dos equilíbrios necessários”.
“As instituições sentem, naturalmente, os efeitos da crise, apesar de, em geral, possuírem as providências necessárias, potenciadas, cada vez mais, por uma gestão de rigor e de eficácia”, disse, ao JM
(Jornal da Madeira), Maria do Céu Carreira quando solicitada a comentar a actual situação na nossa sociedade.


Para esta especialista em sociologia económica “o presente e, mais ainda, o futuro próximo corporizam já algumas dúvidas e preocupações relevantes”, apesar dos apoios e donativos garantidos, por exemplo no caso da Madeira, “com as comparticipações financeiras do Governo Regional e das famílias”.

“Os novos pedidos de ajuda ou a ampliação das necessidades de ajuda nalguns casos, são muitas vezes difíceis, se não mesmo, impossíveis de atender”, reconhece. “Apesar de todos os esforços e das respostas possíveis, cresce a consciência - para que não vença o desânimo e a impotência – que novas soluções têm de emergir, baseadas na conjugação de maior número de número de vontades.

Todos não somos demais para vencer os desafios e dificuldades que hoje se colocam às IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), sociedade e poderes públicos”, garante Maria do Céu Carreira.

“Os tempos que hoje vivemos potenciam o papel e a acção das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Reforçam a sua imprescindibilidade. São tempos difíceis, tempos de rupturas várias, de exclusões e desafios, de respostas novas e de novos paradigmas”, considera.
A colaboração mútua entre instituições, é sem dúvida uma medida privilegiada de acção. O planeamento, a concertação de acções, o aproveitamento adequado e racional dos equipamentos existentes, a potenciação de uma rede ajustada – considerando ‘tipo’ e número de utentes, áreas de intervenção e geográficas, por exemplo, é caminho de percurso obrigatório”.


Nesta união de esforços, Maria do Céu Carreira destaca por outro lado o papel solidário desempenhado por “todos os movimentos da Igreja”, nomeadamente as “Conferências de S. Vicente de Paulo, a Legião de Maria, entre outros, insubstituíveis nas suas acções junto dos mais pobres, doentes e desamparados”.

Agência Ecclesia /JM»

Domingo do Bom Pastor

Evangelho segundo São João, 10, 11-18
«Naquele tempo, disse Jesus.
"Eu sou o Bom Pastor".
O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.
O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário não se preocupa com as ovelhas.
Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me, do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas.Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor. Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida, para poder retomá-la. Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai».