No passado dia 28 de Dezembro
realizou-se nas instalações da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no
Porto, mais um Jantar de Natal organizado pela Porta Solidária para os seus habituais
utentes e para as pessoas carenciadas ou sem-abrigo que recorrem diariamente ao
apoio dos voluntários nas ruas da cidade. Não foi simplesmente “mais um jantar”
mas o 11º. que ali se serviu na quadra natalícia destes últimos anos, na
continuação de um procedimento de acolhimento quotidiano dos mais
desfavorecidos.
Trezentas e oitenta pessoas foram
carinhosamente acompanhadas por cerca de 150 voluntários que acorreram ao apelo
oportunamente feito, e que integraram seis equipas de trabalho.
Tudo decorreu em boa ordem numa
impecável organização do pároco, e que de ano--a-ano se mostra sempre mais
afinada.
Colaboraram directamente na sua
organização a Caritas diocesana, os colégios de Nossa Senhora da Paz e de Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro, o Hospital de Santa Maria, a Escola Superior de
Educação Paula Fracinetti, e muitos voluntários de entre os quais se destacaram
um grupo de escuteiros de Rio Tinto, o “Abraço na Noite” e “Franjas Sociais”,
este último integrando escuteiros do Agrupamento 174 (Aldoar) e os jovens das
paróquias de Carregosa, Vila Cova de Perrinho e Chave (Oliveira de Azeméis).
Abrilhantaram e alegraram o convívio a
TUNÍFICA - Tuna Católica de Mafamude e um grupo instrumental da Paróquia.
No final, ao som de ferrinhos, viola
e concertina, os voluntários desejaram e cantaram as Boas-Festas a todos os
presentes, entre os quais se contavam algumas crianças que também foram
contempladas com presentes de antemão especialmente para elas preparados.
Seria este mais um jantar trivial se
não envolvesse o dar e receber. Mesmo que se não aguarde qualquer paga, ao dar,
recebe-se de quem se serve o carinho, o agradecimento, a amizade. Mas desta vez
também o insólito veio trazer uma especial nota de reconhecimento demonstrativa
de que as pessoas ditas da rua também elas são pérolas sociais a maior parte
das vezes pouco consideradas e estimadas. Terminado o jantar, um dos utentes,
natural do Egipto, desenhou na toalha de papel um expressivo e belo rosto de
Cristo. Tão expressivo e tão belo que o Sr. Pe. Rubens não resistiu em o
recortar e guardar cuidadosamente. Naquele acto viu-se implícito o
agradecimento singelo e sincero de quantos vêem na Porta Solidária e na
Paróquia uma atitude de desprendido acolhimento. E uma maneira de Jesus aprovar
por meio de um dos seus mais pequeninos a obra que um dia ali nasceu. Modo
subtil e silencioso de Deus se manifestar e, também, de agradecer na pessoa
daqueles que são a Sua imagem e o Seu rosto!...
28.12.2013
C. F.
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