As "Irmazinhas dos Pobres" são uma instituição fundada por Santa Joana Jugan, santificada há poucos meses, uma francesa pobre que um dia levou para sua casa uma velhinha e a deitou na sua própria cama, passando a dormir no chão. Foi aí que nasceu o primeiro Lar de Terceira Idade orientada por estas irmãs.
Dá gosto ver como tratam dos velhinhos, com que amor falam com eles e aguentam alegremente as suas manias, tiques, teimosias, demencias. Vivem de andar a calcorrear as ruas no dia a dia batendo às portas a estender a mão a pedir, e da Providência Divina - daquilo que lhes aparece.
Têm critérios de aproveitamento fantásticos e a casa é de um arranjo, de uma limpeza, e de um bom gosto que só podem ser fruto de um grande amor. Invejável. E as irmãs na sua grande pobreza de vida estão muito asseadas mostrando que a pobreza não tem a ver com porcaria ou trapalhice, como tantas vezes acontece confundirmos.
Costumo ir lá à Missa e é muito bom ficar na capela depois a rezar - um silêncio, um ambiente acolhedor, um Cristo na Cruz lindíssimo ajudam a que possa fazer a minha "caminhada de silêncio" diária ali muitas vezes.
Há pouco tempo a Irmazinha Superiora da comunidade adoeceu e foi preciso substituí-la. Não sei como é feita a escolha da nova Madre só sei que a escolha caíu... espantem-se! ... sobre a "Irmazinha" da cozinha... O "mundo" habituou-me a pensar que normalmente o/a superior/a de uma comunidade se ía preparando percorrendo um caminho de "importância" dentro da ordem, até que um dia a escolha para superior/a recairía lógicamente sobre ele/a. Mas nunca viria da cozinha... Pois aqui não foi assim. De facto, todas as irmãs têm a mesma formação, e todas a renovam periodicamente. Depois, dentro da Instituição, cada uma ocupa lugares vários: ou vai para a rua pedir de porta em porta, ou tem a seu cargo a alimentação dos velhinhos acamados, ou é a sacristã, ou acompanha a Madre Superiora nas suas tarefas, ou está encarregue das partes lúdicas, ou está destinada á cozinha... não havendo, pois, razão nenhuma para que a irmã que vejo levar o lixo ao contentor na rua não venha a ser um dia a Madre Superiora da casa.
Há pouco tempo a Irmazinha Superiora da comunidade adoeceu e foi preciso substituí-la. Não sei como é feita a escolha da nova Madre só sei que a escolha caíu... espantem-se! ... sobre a "Irmazinha" da cozinha... O "mundo" habituou-me a pensar que normalmente o/a superior/a de uma comunidade se ía preparando percorrendo um caminho de "importância" dentro da ordem, até que um dia a escolha para superior/a recairía lógicamente sobre ele/a. Mas nunca viria da cozinha... Pois aqui não foi assim. De facto, todas as irmãs têm a mesma formação, e todas a renovam periodicamente. Depois, dentro da Instituição, cada uma ocupa lugares vários: ou vai para a rua pedir de porta em porta, ou tem a seu cargo a alimentação dos velhinhos acamados, ou é a sacristã, ou acompanha a Madre Superiora nas suas tarefas, ou está encarregue das partes lúdicas, ou está destinada á cozinha... não havendo, pois, razão nenhuma para que a irmã que vejo levar o lixo ao contentor na rua não venha a ser um dia a Madre Superiora da casa.
Ontem na Missa foi a apresentação da nova Irmazinha superiora. E com que humildade, simplicidade, e alegria todas a receberam! Este acontecimento alegrou-me muito e mostrou-me como há ainda quem viva a humildade e a simplicidade de Jesus. E a certeza de que o servir é que dá a importância e os "galões". Foi muito bom viver estas horas de fim de ano com as Irmazinhas dos Pobres.
Teresa Olazabal
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