Na passada Quarta-Feira voltámos à rua.
Com alguma gente em férias, apareceram 19 voluntários! Com muito pouco no início, à medida que iam aparecendo os donativos individuais viu-se crescer a quantidade até ao ponto de bastar para a quantidade pretendida: 120 sacos.
Terminada a tarefa da organização, apressámos a saída porque se iniciava mesmo ali ao lado a cerimónia da recitação do Terço de Nossa Senhora junto do nicho ainda há poucos meses inaugurado.
Como habitualmente, seguiu a carrinha pelos bairros e três carros pela cidade. A procura diminuiu na Rua Júlio Dinis por causa, viu-se depois, da distribuição de sopa junto ao Hospital de Santo António por parte da CASA, que tem ali o seu ponto fixo de distribuição na Baixa.
Connosco iam dois voluntários do Porto pela primeira vez, e alguns outros de Carregosa.
Naquela rua teve lugar o primeiro encontro com um amigo da rua que originou um interessante diálogo entre ele, a Ana e o Armando.
Não encontrámos o A. Costa na Rua Álvares Cabral nem ninguém na Praça da República. Já junto ao viaduto havia um grupo razoável a nossa espera. Sem história para contar, seguimos à Batalha e aí, sim, entre distribuição e conversa com os que iam aparecendo, houve tempo de abordar com calma um solitário que se estirava enrolado no cobertor na soleira do antigo cinema. Conversa árida a princípio, desenvolveu-se de tal modo que pouco tempo depois algumas lágrimas teimosas e envergonhadas deslizavam a medo pelas faces do nosso interlocutor. Dum lado estava um coração talvez ferido por motivos bem recalcados e guardados a sete chaves, e, do outro, a persistente tentativa de três voluntários de lhe amaciarem a dureza. Trabalho a continuar...
Finalmente, terminada a tarefa do dia, e depois de alguns jovens se terem deixado tentar pela existência de uma gelataria mesmo em frente, numa larga roda, agradecemos a nossa noite e pedimos a Deus por cada um dos que foram o nosso próximo. Terminámos com duas bênçãos: uma, a de Maria, bênção especial de Mãe, e outra a do diácono que nos acompanhou, o amigo João Manuel que colecta esta experiência para a sua futura vida de sacerdote.
Maria, presença contínua na nossa acção na rua e na vida, ouviu darmos-Lhe as boas-noites com sentimento e amor.
Boa noite, Mãe!
Franjas Sociais
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