domingo, 30 de março de 2014

Aprovado pela Santa Sé o Estatuto da Legio Mariae

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 27-03-2014, Gaudium Press) A Legião de Maria será reconhecida como "associação internacional de fiéis", segundo o decreto entregue nesta quinta-feira, 27, pelo Secretário do Pontifício Conselho para os Leigos, Dom Josef Clemens, o qual são aprovados os estatutos desta realidade eclesial.associacao_internacional_de_fieis.jpg
Dom Clemens destacou em sua mensagem que a "Legio Mariae" é um sinal de como o espírito missionário dos leigos, "pode caminhar junto com uma profunda compreensão do chamado à santidade recebido por meio do Baptismo".
"Toda a história da Legião de Maria é um maravilhoso testemunho de Fé na omnipotência de Deus, Fé na força da oração a Maria", afirmou.
Para o prelado, desde seu início, a Legião de Maria "foi um vivo testemunho do quanto Deus pode operar através de corações humildes".
Criada através de uma iniciativa de um grupo de pessoas guiadas pelo então funcionário do Ministério das Finanças, Frank Duff, no ano de 1921, em Dublin, na Irlanda, a Legião de Maria possui mais de 93 anos de história missionária pelo mundo, "levando Maria ao mundo e, por meio dela, o mundo a Jesus", segundo Dom Clemens.
A instituição, direcionada à formação de milhares de grupos em todos os continentes, propõe aos seus membros a santificação, bem como a participação na missão evangelizadora da Igreja por meio do apostolado social para com os mais necessitados e os que se encontram afastados da Fé. (LMI)


Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/57232-Vaticano-reconhece-Legiao-de-Maria-como--ldquo-associacao-internacional-de-fieis-rdquo-#ixzz2xTvV9tHo
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

quinta-feira, 13 de março de 2014

12 de Março. Mês da memória de S. João de Deus

Foi lembrando e procurando seguir o exemplo de S. João de Deus que organizámos esta nova ida ao encontro dos Sem-abrigo do Porto. Santo português foi o pioneiro na assistência aos doentes e desprotegidos que ia encontrando naquele tempo nas ruas de Granada, cidade onde acabou por ir parar e exerceu este seu apostolado. Podemos dizer que foi o primeiro que se dedicou a acolher e apoiar os sem-abrigo. Daí o têrmo-lo como um dos nossos patronos. A ele é dedicado o dia 8 de Março.
Porque verificámos no passado mês de Fevereiro que foi insuficiente o que levávamos decidimos aumentar as quantidades para 135 sacos.
Terminada a preparação dividimo-nos em dois grupos como de costume, indo um aos bairros e o outro à cidade.
Nos bairros não houve história de interesse para contar a não ser o facto de se não ter verificado a avalanche habitual e terem vindo "às pinguinhas".
Já na cidade as coisas foram um pouco diferentes. Muito do que levávamos ficou na Rua Júlio Dinis, e o resto distribuímo-lo na Câmara, na Rua de Camões, na Praça da República e na Praça D. João I.
Mas três dos nossos encontros merecem ser contados ainda que brevemente.
O primeiro aconteceu na Praça da República com o Ari, indiano de Díli que tem 20 anos de Europa, passados na Alemanha, Holanda, França, Itália, Espanha e Portugal. Há dez anos em Portugal e cinco no Porto encontrou no nosso país um acolhimento que o levou a preferi-lo aos demais. Não pelo dinheiro que aqui há bem menos e menos ou nenhum trabalho. Mas pela receptividade e pelo acolhimento. Do trabalho de anos o que tem está à vista: NADA! A rua por casa, um colchão e uns cobertores obtidos por caridade como mobília. Mas um coração cheio. Para desfazer dúvidas quanto às suas opções face à herança original foi dizendo e repetindo com certa insistência:
- Deus há só um! O que Deus fez, fez bem. Tudo é bom. Eu comer tudo, comer vaca, comer porco, comer sardinha, comer bacalhau...
Exibindo um ferimento recente resultante de uma navalhada que alguém lhe desferiu na palma da mão aconselhámo-lo a dirigir-se à igreja de Nossa Senhora da Conceição que dispõe de tratamento em enfermagem aos sem-abrigo.
Sentados em torno da sua cama, sobre os cobertores ali estivemos um grande bocado mais a ouvi-lo do que a falar.
- Eu falar onze línguas...
E ia-as enumerando. E não se esqueceu de acrescentar:
- Em Goa também se fala português!
Andou meio mundo para não ter nada, mas adquiriu a sabedoria suficiente para poder afirmar convictamente que "Deus há só um" e que tudo o que Ele fez é bom... Coisa que muita gente que se julga mais realizada e inteligente ainda não atingiu!
Descendo para a Rua de Camões vimos um indivíduo a tentar meter num contentor um saco de lixo que teimava em ficar meio de fora. Abordámo-lo e entregámos-lhe um dos nossos sacos. Agradeceu, pegou nele e foi sentar-se a chorar num muro. Achámos que era altura de lhe fazer um pouco de companhia e sentámo-nos junto dele. E contou parte da sua vida, de quando era motivo de chacota na escola pelo facto de ser filho de um lixeiro. Acabou por se dedicar de facto a recolher lixo, a aproveitar parte do que os outros rejeitam. Livros, por exemplo, que depois DÁ a pessoas de quem gosta, ou entrega a alfarrabistas que às vezes lhe agradecem com 5 Euros. E, qual letrado, começou a citar Torga, Camilo, Fernando Pessoa, Saramago...
- Desculpem, mas eu choro com facilidade porque me comovo... - E entrecortava o seu relato com soluços e algumas lágrimas.
Janta na igreja do Marquês, e vive sem aspirações. Despejado de casa vive em casa emprestada por pessoa caridosa. Era "lixeiro" na escola em jeito de profecia e lixeiro se mantém por opção e gosto. Desprendido por natureza, do seu passado tem a memória do que sofreu e a riqueza de alma que mantém. E a lágrima fácil porque tem um coração sensível e bom.
Passando na Batalha encontrámos o Joel. Conversa rápida sem sair do carro porque estávamos em plena rua. Mostrou-nos as tatuagens e conversou. Abandonado aos três anos, foi recolhido da rua por alguém que o cuidou e de quem se não esquece.
O Joel é já nosso velho conhecido mas parece que não se deu conta disso tal a sua insistência em repetir as suas histórias e mostrar a tatuagem.
- Vocês têm muita luz!...
Ficámos sem saber que luz viu em nós ou a que luz se referiu pois tivemos de seguir para não interromper o trânsito.
Encontrado e retirado da rua em criança continua na rua orgulhoso da sua tatuagem e limitando as suas aspirações à fruição da sua liberdade.
Terminámos com algumas sobras de sandes, pão e fruta que tiveram como destino o Lar de Santana, em Matosinhos. Ali soubemos que já são distribuídos diariamente cerca de duzentos almoços a carenciados e sem-abrigo!... Perante a nossa admiração disse a madre:
- São muitos, mas se precisam... Quem nos procura não pode ir embora sem ser servido! Há famílias inteiras!
As irmãs são pobres e vivem da caridade. De graça recebem e de graça dão...
Esta noite foi farta em exemplos de desprendimento e abnegação que nos podem servir de meditação. E nem é preciso ter muito para testar o altruísmo ou o egoísmo.
Corações abertos... corações fechados... Esta noite venceram largamente os primeiros!

Franjas Sociais

quinta-feira, 6 de março de 2014

Quaresma: tempo de confissão

http://goo.gl/10o7Ro

De novo na rua em Março

No próximo dia 12 deste mês voltamos à rua ao encontro dos nossos amigos Sem-abrigo.
A experiência da saída do mês passado aconselha que reforcemos a quantidade de farnéis a distribuir de modo a podermos chegar a alguns pontos da cidade onde não conseguimos chegar da última vez.
Por isso, regressaremos às quantidades anteriores, ou seja:

CF/ML/V - 60 + 1 termo com café
Agrup. 174 - 35 + termos de café e café com leite
Carr/VCPerr./Chave - 35 + termos de café e café com leite

Sofia - 4 termos de café/café com leite

Não esquecer os copos.

Boa preparação!

Franjas Sociais