quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Em tempo de férias

Pois...
É de facto tempo de férias para muitos mas não para todos. Fomos ao seu encontro como de costume, ajoujados com tudo o que preparámos e conseguimos. O carro abarrotava, graças a Deus!
Quatro mensageiros, tentámos levar à rua mais uma vez uma mensagem de bem, de paz e de amor.
Em Júlio Dinis tivemos a surpresa de encontrar a Chantal em plena actividade. Deixara-nos há uns tempos e não mais soubemos dela. A semente germinou no seu coração e continua, ela, a irmã, a mãe e uma amiga, todas as Quartas-feiras a repartir o seu pão naquela rua. Foi uma alegria o reencontro. Quem não gostou foram alguns dos destinatários ao verem que não parávamos ali. Não se justificava depois de nos termos certificado que a Chantal quase que repetia o que levávamos. Por isso deixámos-lhe um garrafão de sumo e copos para completar o seu menú, e seguimos.
E seguimos pela cidade que àquela hora estava ainda cheia de transeuntes em férias, nacionais e estrangeiros.
Câmara, Francisco (voltava a estar receptivo e contente...), Batalha...
Decidimos seguir dali ao Aleixo, mas foi uma desilusão porque a polícia montou guarda àquele local e "eles" desandaram. Foi a custo que encontrámos destinatários para grande parte da merenda.
Voltámos então às ruas, entregando aos que íamos encontrando, descemos ao Carregal, à Urgência, a Júlio Dinis...
Não encontrámos destino para algum pão e para um garrafão de sumo quase inteirinho!
No final concordámos em que não devemos traçar muitos planos porque, se estamos ao serviço de Deus, temos de confiar unicamente n'Ele. Quando não confiamos, como foi o caso, os nossos planos podem sair furados... e saíram!
Ficou-nos a lição.
Rezámos por aquele casal, jovem e crente, que encontrámos e a quem demos o contacto dos Médicos do Mundo para tratarem da sua desintoxicação. Cinco anos de casamento religioso, sem filhos, a precisar urgentemente de readquirir novo rumo.
E rezámos por todos os outros que vieram ao nosso encontro, Cristos a precisar de Cristo.
Era bom que a droga e o álcool também dessem férias a todos. E, se possível, umas férias grandes... mesmo muito grandes!...
Andámos na rua, nas ruas do Porto, em noite cálida, encontrámos muitos necessitados, e nem um só momento nos lembrámos da tal gripe A...
Saúde e Paz a todos.
C.